A Diocese de Marabá celebra no próximo ano seu 40º aniversário de criação. Em júbilo pela data que se aproxima, no último dia 11 de novembro, durante o encerramento do Conselho Diocesano de Pastoral, foi lançado um logotipo comemorativo. A apresentação foi prestigiada pelos principais agentes e líderes da pastoral diocesana. Dom Vital Corbellini, bispo de Marabá, fez a apresentação detalhada de cada elemento do logo.

O logotipo traz a silhueta do mapa da Diocese que tem por padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, também representada em traços, no logo que destaca o número “40”, pontuando a idade a ser comemorada em 2019.

A Diocese de Marabá possui uma extensão geográfica de 81.832 km². Inicialmente, todos os municípios que hoje a compõem pertenciam à Prelazia de Santíssima Conceição do Araguaia, criada em 1911 e confiada à Ordem dos Pregadores.

A 20 de dezembro de 1969, pelo decreto Cum Urbs da Sagrada Congregação para os Bispos, a sede foi transferida para a cidade de Marabá, passando a denominar-se Prelazia de Marabá (Territorialis Praelatura Marabensis).

Porém, em 14 de julho de 1976, por decreto da Santa Sé, a Prelazia de Marabá foi dividida, voltando a ser restaurada a sede da Prelazia de Santíssima Conceição do Araguaia e permanecendo Marabá como Prelazia.

A 16 de outubro de 1979, pela bula Cum Praelatura do Papa João Paulo II, Marabá foi elevada à Diocese.

Brasão – Dentro destas comemorações foi apresentado também o Brasão da Diocese. O brasão de uma instituição apresenta, através de vários elementos simbólicos próprios da heráldica, a identidade e os ideais norteadores dessa instituição. Confira a explicação da heráldica:

No brasão de uma diocese se sobressai o Escudo, a flâmula e os detalhes a Mitra báculo e Cruz pastoral diocesana.

No interior do escudo dar-se-á quatro cores.

Na parte superior: o vermelho (a entrega, o martírio, o amor, a devoção, o ardor missionário)

Em seguida vem a faixa divisória em amarelo (segue a mesma descrição da bandeira do município de Marabá: O Amarelo das faixas que estão em forma semi-pairle simboliza os rios que foram por muito tempo uma grande fonte de riqueza e única via de transporte de Marabá, tendo a sede municipal surgido em função dos rios Tocantins e Itacaiunas.

Na parte seguinte está em azul (referência mariana)

É a cor da tranquilidade, da serenidade, da harmonia, da água, do céu e do infinito.

Na parte inferior o mais extensa, o verde. Mais uma vez a referência à bandeira. Contempla-se aí a riqueza do ecossistema de toda região amazônica (fauna e flora)

A hóstia contendo o IHS, refere-se ao próprio Cristo, fonte vida para todos e comunhão plena de Deus conosco que se faz na Igreja. Pois ele mesmo vem ao nosso encontro.

Vem acompanhada da cruz que é sinal da vitória e salvação precedida de muitas adversidades. Também faz menção a todos os missionários que se dedicaram no anúncio do evangelho marcados pela cruz. Sendo ela a marca de salvação a todos.

Tais missionários tem suas origens variadas. Desde Dominicanos, Jesuítas, Franciscanos e outros. É evidente que muitos padres cedidos de outras dioceses, até mesmo do exterior. Também há a presença massiva de congregações missionárias femininas.

O ícone da divisória em azul (azul planetário) é o tão usado logotipo mariano “A e M”, (ora faz referência às iniciais de Maria ora faz referência à saudação do Anjo Gabriel: “Ave Maria”) já que a padroeira da diocese é Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e também por ser marcada pela piedade popular mariana (Nossa Senhora de Nazaré), dado que o período forte é Círio de Nazaré. Fato que mobiliza toda Igreja diocesana.

Tanto esse ícone como os anteriores estão em tom branco. Essa é cor plena de luz, pois reflete todas as cores do espectro, já que reflete todos os raios luminosos proporcionando uma clareza total. É a paz, a comunhão, a pureza, a espiritualidade, a mística, a alegria, o equilíbrio interior, a libertação e o Amor de Deus. Mas por outro lado indica o princípio e o fim de tudo.

Na última parte (em verde atual, trovão ou bandeira) encontramos dois ícones. Sendo eles a estrela (a mesma estrela Prateada que está na bandeira de marabá/ simboliza a sede municipal margeada pelos dois rios). Mas foi colocada fora das faixas apontando para toda Região dos Carajás representada pelo segundo ícone. Este, trata-se do mapa da Diocese (também presente na logomarca usada). Está rabiscado em verde intenso/ verde lodo (indica toda beleza e riqueza dos Carajás – minérios, Serra Pelada, rios, ilhas, cultura ancestral e popular.

No interior desse ícone temos vê-se um azul aquarela (toda a região é ladeada por rios; por isso conta com grandes chuvas, enchentes e alagamentos; o que favoreceu às buscas por adaptação ao ambiente; levando, assim, ao crescimento e desenvolvimento; há muitos conflitos e todos, de um modo geral, permanecem atentos, vigilantes e em prontidão, resolutos em superá-los. No centro desse ícone está um cocá (em tons coloridos/sobressalente dos tons diversos do azul); marca dos povos indígenas dos Carajás, mas também de outros povos acolhidos. Muitos ainda conservam suas raízes e cultivam o cuidado e preservação do patrimônio de todo ecossistema.