De CNBB Nacional

Nesse sábado, dia 10 de outubro, foi celebrada a Missa de Beatificação de Carlo Acutis, na Basílica de São Francisco, em Assis, na Itália. Após um milagre ocorrido no Brasil atribuído à sua intercessão, o jovem deu mais um passo rumo aos altares em cerimônia transmitida pelas redes sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com Vatican News. A missa foi presidida pelo cardeal Agostino Vallini, legado pontifício para a Basílica de São Francisco.

“Todas as vezes que a Igreja beatifica ou canoniza alguém, está colocando-o como referência, como exemplo a ser seguido, sobretudo para aqueles mais próximos de sua dinâmica de vida. Desse modo um adolescente proclamado beato ou um jovem declarado santo, é um enorme estímulo para os adolescentes e jovens. Portanto, é digno que Carlos Acutis, seja conhecido e imitado em suas virtudes”, afirma o bispo auxiliar de Belém do Pará, dom Antonio de Assis Ribeiro.

Carlos Acutis, beato adolescente

Carlo Acutis nasceu em Londres, capital Inglesa, no dia 3 de maio de 1991. Mas seus pais eram italianos e se chamavam André Acutis e Antônia Salzano. O menino cresceu em Milão (Itália) e não tardou em crescer num grande senso de fé, amor à Igreja e a Jesus Cristo.

A graça que recebera era tão forte, apesar dos tempos, que foi admitido à primeira comunhão com apenas sete anos de idade. Carlos trazia consigo, desde cedo, um duplo ardor espiritual, tanto aquele da contemplação (oração, pensamento ligado a Deus, amor a Jesus Cristo e à Nossa Senhora), quanto aquele da atividade missionária entre seus colegas.

Assim como nas classes alguns se destacam por diversas capacidades, o menino Carlo se destacava precocemente por suas virtudes, como a grande delicadeza para com seus pais, aplicação aos estudos, respeito aos colegas, atividade missionária, alegria, disponibilidade para ajudar quem dele precisava.

Veio a falecer no dia 12 de outubro de 2006, com apenas 15 anos de idade sendo vítima de uma grave doença, a leucemia. Foi enterrado na cidade de Assis, porque era seu desejo; no dia 23 de janeiro de 2019, seu corpo foi exumado e, devidamente tratado, e foi transferido para a Igreja de Santa Maria Maior na mesma cidade franciscana.

A abertura do processo de beatificação, em nível diocesano, aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2013 e foi concluído o dia 24 de novembro de 2016. No dia 13 de maio de 2013 Carlos Acutis foi declarado Servo de Deus. O Papa Francisco reconhecendo suas heroicas virtudes o declarou venerável no dia 05 de julho de 2018. No dia 10 de outubro de 2020 aconteceu, em Assis, a sua beatificação pelo Papa Francisco.

Alguns estímulos de Carlos Acutis

Segundo dom Antonio Assis, a curta vida do beato adolescente Carlos Acutis traz consigo grandes estímulos para todos nós, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. “As virtudes que compõem a santidade de uma pessoa não estão confinadas numa faixa etária”, disse.

Confira, abaixo, algumas curiosidades escritas por dom Antonio sobre Carlos Acutis:

  • Acutis cultivou consigo um grande amor à Eucaristia. Sua admiração por esse sacramento era tão grande que o levou a criar na internet um site sobre milagres eucarísticos acontecidos pelo mundo;
  • Tinha consigo uma grande habilidade na área da informática e colocou essa sua capacidade técnica a serviço da evangelização; ele nos estimula hoje a usar os meios de comunicação digitais para evangelizar;
  • Desde criança aprendeu a rezar o terço e cresceu num grande amor à Nossa Senhora e manifestava sua devoção através da reza do terço;
  • Após a sua primeira comunhão, uma vez que melhor compreendeu a beleza e o significado do sacramento da reconciliação, o adolescente Acutis passou a se confessar uma vez por semana;
  • Conta-se também que Acutis mantinha um grande respeito, sensibilidade e firmeza para com seus colegas estando sempre pronto a ajudar e defender os deficientes na escola quando eram zombados;
  • Acutis também nos estimula a lidar com o sofrimento com uma atitude de grande firmeza, serenidade e alegria. Certa vez, o seu médico lhe perguntou se ele estava sentindo muita dor, ele respondeu: “há pessoas que sofrem muito mais do que eu”.

Confira (aqui) o artigo do bispo na íntegra.