Com informações da Pascom Castanhal (Texto: Luciano Beserra)

“Pequenas Comunidades Eclesiais Missionárias no Chão da Amazônia”, este foi o tema do terceiro Congresso das Pequenas Comunidades da Diocese de Castanhal, ocorrido neste domingo, Solenidade de Cristo Rei, onde estiveram presentes mais de 2500 irmãos e irmãs, membros de várias paróquias da diocese.

Animados, os membros das pequenas comunidades chegaram logo cedo à cidade-sede da diocese e lotaram o Rancho do Lago, perto da UFPA de Castanhal. Já é o terceiro ano que o congresso é o ponto de encontro e partilha de vida e experiências das centenas de comunidades que estão espalhadas pelas paróquias.

O evento é organizado pela equipe da Escola de Evangelização da Diocese e tem objetivo de ser um espaço de encontro, confraternização e partilha entre os membros das comunidades. A espontaneidade com que acontece atrai mais e mais pessoas para o evento que já se torna momento marcante no planejamento anual da diocese: mesmo porque coincide com a culminância do Ano Litúrgico, a Solenidade de Cristo Rei do Universo.

O bispo diocesano, dom Carlos Verzeletti, esteve presente no encontro. Sempre no meio do povo, sentindo o cheiro de suas ovelhas, foi o primeiro a falar: com suas palavras fortes e testemunho intenso, falou dos missionários no chão da Amazônia, que são cada um dos irmãos e irmãs que pertencem a esta diocese; procurou através de sua fala, sensibilizar para que cada um se identificasse com o local em que vive e assumi-lo como parte de sua identidade, defendendo e preservando.

Em seguida, padre Ricardo ajudou os participantes do congresso a compreenderem a Igreja como uma casa e mais, cada pequena comunidade como uma casa sustentada pelos pilares do Pão, da Palavra, da Caridade e da Missão, como sugerem as Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja 2019-2023, documento da CNBB.

A Santa Missa, ponto alto do Congresso, foi presidida pelo bispo. O clima era de profunda participação e comunhão. Na homilia, o bispo destacou três expressões: é necessário se aproximar, como fez Jesus, assumindo nossa humanidade; depois é preciso perder-se, ou seja, vencer a tentação de salvar-se a si mesmo e perder a vida por amor aos irmãos; e perdoar, sinal mais evidente da pertença a Cristo. Após a partilha do alimento espiritual, o Pão Eucarístico, a partilha do pão material: um farto almoço onde cada um trouxe um pouquinho que com Deus se tornou um banquete entre os irmãos. A festa foi grande: partilhas, conversas, oração, brincadeiras e teve até roda de carimbó.

Dom Carlos reforçou alguns refrões que a Diocese de Castanhal como um todo não pode esquecer, o mais forte deles é que, “trabalhamos pela vinha do Senhor, sem esquecer o Senhor da vinha”; “Ensinem os filhos a rezar, ensinem os netos a rezar”; “O encontro da semana não substitui o dia do Senhor que é o Domingo, sem esquecer os que sofrem, os doentes, nem os machucados”. O Bispo destacou ainda que falta a prática do bem, narrando a experiência vivida recentemente na visita pastoral, em que uma senhora lamentou de ter perdido em um assalto um ente seu querido, e que no período nenhum irmão católico foi lhe visitar, senão os de outras igrejas, e que segundo ela, se não fosse pela fé na verdadeira Igreja de Deus, pela acolhida que lhes ofereceram, teria deixado.

Ao final, Dom Carlos com todo o povo estendendo as mãos em direção ao hospital que fica logo ao lado fizeram a seguinte oração: “Pelos nossos governantes para que não demorem, façam tudo para salvar vidas, o quanto antes, que este hospital comece a funcionar. Pelo bem, pela vida, pela saúde, do povo do nordeste paraense, abençoa este hospital e todos que irão nele trabalhar, que seja lugar de vida e de salvação de tantas vidas. Amém”.