A Cáritas Regional Norte realiza entre os dias 08 e 10 de março o primeiro Encontro Paraense de Redes de Economia Popular e Solidária. O evento é realizado através do Projeto de Redes de Cooperação Solidária, com o financiamento da Sub Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho.

A expectativa é que 15 redes de economia solidária ligadas ao projeto da Cáritas, participem do evento que conta, na programação, com rodas de conversas, espiritualidade, palestras e partilhas. O encontro tem como objetivo geral: dar visibilidade ao trabalho realizado pela Rede no Território, oportunizando diálogos entre os parceiros locais, criando conexões com outras redes e fomentando a adesão de novos empreendimentos, fortalecendo a Economia Solidária e a Rede Cáritas.

Segundo Rosane Gomes, da Cáritas Regional Norte 2, alavancar a economia solidária no estado é um dos principais intuitos deste encontro. “Essas ações fortalecem nossos grupos que estão na base pois as pessoas sentem-se valorizadas e reconhecidas, isso entusiasma ainda mais um trabalho em rede, construído por todos”, afirmou.

No Pará a Cáritas acompanha a RECOMSOL (Rede de Cooperação Mãos Solidárias) que atua na região metropolitana de Belém (com exceção de Marituba e Santa Bárbara do Pará), em Tomé-Açú e Curralinho, no Marajó. A RECOMSOL é construída a partir da rede de grupos com empreendedores locais que fomentam o sistema econômico solidário.

Economia Popular Solidária – A Economia Popular Solidária (EPS) é uma estratégia de desenvolvimento sustentável e solidário fundamentada na organização coletiva de trabalhadores e trabalhadoras com interesse de melhorar a qualidade de vida por meio do trabalho associado, cooperativado ou mesmo em grupos informais. É ainda uma maneira de combater as desigualdades do atual sistema e de construção de outro modo de produzir, consumir e de pensar as relações entre as pessoas.

Há mais de 30 anos a Cáritas apóia grupos de Economia Popular Solidária voltados à emancipação social, política e econômica de comunidades em situação de pobreza. Aproximadamente 600 agentes Cáritas de 176 entidades-membro acompanham os empreendimentos formados por adolescentes, jovens, grupos de cultura, catadores/as, mulheres, populações rurais e urbanas, migrantes, comunidades em situação de risco, famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa-Família, quilombolas, indígenas, acampados e assentados da reforma agrária. Desde 2004, cerca de 100 mil trabalhadores/as (dois mil grupos) foram apoiados pela entidade.