Um jovem soldado romano, Sebastião, que viveu no Século III d.C. é hoje um dos santos mais venerados pela Igreja Católica. Em nosso regional, diversas Paróquias e Comunidades levam o nome de “São Sebastião”.
No último dia 20 de janeiro, memória litúrgica do santo, em várias Dioceses foi celebrada a festa do mártir soldado que morreu porque não quis negar a sua fé em Cristo. Mesmo sendo capitão da guarda pretoriana, posto ocupado por pessoas dignas, o jovem não se deixou abalar pela pressão e não renegou suas convicções em Jesus Cristo.
Diocese de Castanhal – No nordeste paraense, o município de Igarapé-Açú tem grande devoção por São Sebastião. A festa iniciou na sexta-feira, 11. No domingo, 20, a festividade contou com a presença do bispo de Castanhal, dom Carlos Verzeletti que presidiu solene Celebração Eucarística às 09h. Ao final da Missa houve uma centenária tradição: a derrubada do mastro com folhagens e frutos que expressam a devoção e promessa dos moradores do município que pedem a bênção do santo por um ano de fartura e paz.
Segundo dom Carlos, São Sebastião é exemplo de fidelidade no nosso tempo. “Muitas vezes por causa de privilégios, de poder, as pessoas se prostituem, se vendem. São Sebastião estava num posto alto da guarda, recebeu inúmeras propostas do Imperador para que renegasse sua fé e ele não aceitou. Fidelidade é uma palavra que o define, entre o Imperador e o Senhorm ele preferiu ser fiel a Jesus Cristo”, disse.
Prelazia do Xingu – São Sebastião é padroeiro da cidade de Altamira, sede da Prelazia do Xingu e um dos maiores municípios do Brasil em extensão geográfica.
A festa do padroeiro iniciou cedo com corrida e passeio ciclístico em homenagem ao santo. Ao final da tarde houve procissão e Missa Solene encerrando os festejos na Catedral. Dom João Muniz e dom Erwin Kraütler, bispo prelado e bispo prelado emérito, respectivamente, participaram das comemorações durante o dia.
A história de São Sebastião como padroeiro da cidade de Altamira começou com o processo de povoamento, na transição do século o XIX para o século XX, precisamente entre os anos de 1898 a 1910.
No auge do extrativismo da borracha, os seringueiros católicos tiveram conhecimento de que este Santo tinha um grande poder de proteção nos embates da vida dos cristãos. Como a extração da borracha era exposta a riscos de guerra entre seringueiros e indígenas, houve então a necessidade de um santo intercessor.
Em 1914, os seringueiros de um povoado do Alto Xingu, que até hoje tem o nome de São Sebastião, desciam em seus barcos fazendo grande festa ao santo com fogos e cantorias. Vinham até o porto de Altamira, que ficava em frente à Catedral do Xingu. Lá eles eram recebidos pela comunidade para continuar a festa que sempre terminava com o arraial. O bispo da época, dom Eurico Kraütler, era um grande devoto do santo e incentivava os festejos.
A festividade realiza-se sempre de 11 a 20 de janeiro de cada ano com programação religiosa: novenas, procissão e missas e programação recreativa: arraiais, festivais de música e competições esportivas (caminhada, ciclismo, natação e atletismo).
Diocese de Ponta de Pedras – Na Ilha do Marajó a devoção ao jovem mártir é bem presente. As festas maiores são realizadas, sobretudo, nos municípios de Cachoeira do Arari e São Sebastião da Boa Vista, ambos pertencente à Diocese de Ponta de Pedras.
Em Boa Vista, a festividade iniciou no último dia 10. O tema principal foi: “Dízimo: testemunho de fé e compromisso com a Igreja”. O tema fez alusão ao Ano Diocesano do Dízimo vivido na Diocese.
A festa contou com a presença do bispo de Abaetetuba, dom José Maria Chaves dos Reis, que presidiu a Santa Missa no último dia 20, após a procissão. Dom José que é natural de Oeiras do Pará – PA, foi batizado na Paróquia de São Sebastião, em Boa Vista. Este foi o terceiro ano que o bispo participou dos festejos.
Arquidiocese de Belém – Na capital paraense os festejos de São Sebastião são tradicionais no bairro da Sacramenta. Na Matriz dedicada ao Santo, a festividade iniciou no dia 11 e seguiu até o último dia 20 quando uma procissão e Missa Solene encerrou a festa.
O arcebispo metropolitano, dom Alberto Taveira Corrêa, presidiu Missa na Festividade no dia 17. Na ocasião, o metropolita consagrou o novo altar da Matriz.
Foto: Pascom São Sebastião
