Em sua décima edição, o Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa) reúne vários artesãos dos mais variados segmentos. Ao longo do evento, os artistas expõem as riquezas naturais da Amazônia através de produtos confeccionados manualmente. A feira voltada a esse público acontece desde o início do Fórum e segue até dia 31, domingo, na Universidade Federal do Pará (UFPA).

O artesanato gera renda para famílias e comunidades, o que contribui para o desenvolvimento econômico sustentável dos territórios presentes na Amazônia, além de oportunizar o empreendedorismo. Para o artesão e estudante universitário Rodrigo Gomes, da etnia indígena Wai Wai, o artesanato é uma fonte de renda indispensável. “Ele é importante, pois é uma atividade que eu uso para o sustento da minha família’’, disse.

Rodrigo destaca que a venda de produtos artesanais o auxiliou com os custos e permanência na UFPA, onde cursa Odontologia. Segundo o estudante indígena, as peças são feitas na sua aldeia e contribuem para a economia girar na região. “Nós comercializamos muitos materiais, como colares, pulseiras e outros produtos. Tudo retirado da floresta”, conclui.

A assistente social e idealizadora do coletivo Mãos de Maria, Valdenize Genu, conta que o coletivo surgiu de uma oficina realizada dentro do Movimento de Emaús, uma entidade religiosa fundada pelo padre Bruno Sechi. “O grupo atende crianças e adolescentes, só que sentimos a necessidade de trabalhar com as mães deles, por isso desenvolvemos uma oficina de biojoias e cerâmicas”, explica Genu.

Além da feira, outros artesãos e artistas independentes estão distribuídos nas tendas do Fospa. Os seus produtos podem ser adquiridos diretamente com os trabalhadores e coletivos, que possuem formas variadas de pagamento e muitas histórias para contar sobre os territórios e processos de produção dos artesanatos.

 

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Texto por Ariane Barbosa, PASCOM Regional Norte 2

Comunicação REPAM Brasil