por CNBB

O bispo de Camaçari (BA) e presidente do regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dirceu de Oliveira Medeiros, (em pé na foto) é um dos cinco delegados eleitos pelo episcopado brasileiro para participar das sessões mundiais dos XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. 

Dom Dirceu foi membro da Equipe de Animação do processo Sínodo no país e esteve à frente da organização da escuta à Igreja no Brasil. Participando da segunda sessão que acontece no Vaticano até o próximo 27 de outubro, ele enviou-nos um relato no qual comenta a sua percepção sobre a escuta à Igreja no Brasil e como as questões do país estão ecoando no diálogo sinodal.

om Dirceu contou que em um dos grupos falaram dos projetos Igrejas Irmãs e Comunhão e Partilha, duas boas práticas que marcam a trajetória da Igreja no Brasil. “Estas práticas foram apresentadas aqui e causaram admiração e bom acolhimento naqueles que dialogam conosco. Louvado seja Deus belas belezas, boas práticas e aquilo que já vivenciamos na Igreja no Brasil e que tem um sabor sinodal”, destacou.

Caminhada da Igreja na América Latina

Desde a primeira sessão mundial do Sínodo, em outubro do ano passado, segundo o bispo (no meio na foto),  é perceptível que muitos temas abordados na América Latina, e no Brasil em particular, já são  familiares à caminhada da Igreja no continente.

“Embora ainda devamos crescer muito, algumas experiências vividas no Brasil e América Latina são sinais de sinodalidade: o fortalecimento dos conselhos, o trabalho em colegialidade, as assembleias de pastoral nas dioceses, a preocupação de criar espaços para atuação dos leigos na missão e também nos ambientes de decisão”, apontou.

De acordo com dom Dirceu essas experiências fazem parte de uma tradição na caminhada da Igreja na América Latina e do Brasil e precisam ser fortalecidas. Por outro lado, o bispo de Camaçari aponta ser necessário fortalecer as linhas mestras e grandes intuições que o Sínodo está levantando e fazendo refletir.

O presidente do regional Sul 3 da CNBB disse que ressoa muito fortemente no Sínodo a necessidade do ministério da escuta. “É claro que é compromisso de cada batizada ser uma presença de escuta qualificada junto ao nosso povo. É preciso se pensar seriamente na escuta para que possamos curar feridas abertas no tecido eclesial”, defendeu.