por Divulgação CPT / Regional Norte 2
O Regional Pará da Comissão Pastoral da Terra – CPT. realizou, no dia 13 de março, no Auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA, a Formação “Liberdade e dignidade: fortalecendo saberes para o combate ao trabalho análogo à escravidão” e reuniu assistentes sociais, docentes e estudantes do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Pará – UFPA, além de representantes do Conselho Regional de Serviço Social da 1ª Região.
A atividade buscou discutir o conceito de trabalho escravo contemporâneo, abordando o papel do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no enfrentamento desta problemática na sociedade. O espaço formativo foi promovido pelo Programa de Reforma Urbana – PARU, e pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas Urbanas e Movimentos Sociais ligados à Universidade, sendo conduzida por agentes da CPT-PA com a contribuição de agentes do Regional Maranhão da Pastoral.
A iniciativa teve como objetivo provocar o público de acadêmicos, profissionais e os discentes a abordarem a temática do trabalho escravo contemporâneo em suas rotinas de trabalho e pesquisa, tendo em vista o papel crucial que a categoria de assistentes sociais cumpre no atendimento à população mais vulnerável e na formulação de políticas públicas em espaços de participação social.
Para o coordenador do CPT Norte 2, Francisco Alan falou da importância do encontro, que despertou um alerta nos participantes, “esse momento formativo junto a UFPA foi muito importante, porque debatemos sobre a escravidão contemporânea na Amazônia. Desde 1995 quando foi criado o grupo móvel de fiscalização contra o trabalho escravo, o Pará contabiliza até o momento mais 13 mil pessoas que foram resgatadas dessa situação. Então trabalhar essa questão social junto aos estudantes do curso de serviço social e os profissionais que atuam junto ao SUAS é de muita relevância. Esse momento foi de um despertar para que o tema sobre o trabalho escravo possa ganhar maior visibilidade e assim a sociedade e sobretudo as comunidades vulneráveis possam ser prevenidas. A universidade pode ser uma forte parceira nesse combate, pois tem o papel de produzir e disseminar conhecimento, frente a dessa realidade da escravidão que afeta muitos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade”.