por Vívian Marler / Assessora de Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB

A Pastoral da Educação e Pastoral Universitária do Regional Norte 2, realizaram ações de Evangelização em homenagem ao Dia do Estudante no Pará e Amapá, nesta segunda-feira (11/8).

Motivados pelo bispo referencial para Educação Dom Vital Corbellini, bispo da Diocese de Marabá, os agentes da Pastoral da Educação, religiosas e Padres visitaram escolas públicas e católicas recordando a importância da missão dos estudantes.

“O Dia do Estudante foi uma benção de Deus para todos nós e para as pessoas que trabalham na educação. É bonito de ver os adolescentes, jovens na escola, no ambiente educativo. Nós marcamos presença em algumas escolas para falar sobre a importância do dia do estudante, para reforçar a educação, para rezar por eles e por elas para que sejam pessoas que gostem da educação, para que os façam crescer na paz e no amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. Que o Senhor abençoe a todas as pessoas participantes”, disse Dom Vital Corbellini.

Nas paróquias do regional foram realizadas missas em ação de Graças por ocasião do Dia do Estudante, essas homenagens fazem parte do planejamento das Pastorais da Educação e da Universitária.

“Os estudantes têm o uma missão importante no processo educativo. São pessoas do conhecimento, agentes de transformação social, protagonista no processo de ensino e aprendizagem. Precisamos sempre motivar nesse caminho tão significativo do ensino e aprendizagem. O Pacto Educativo Global nos faz esse convite colocar a pessoa humana no centro do processo educativo”, disse Lady Anne Souza, coordenadora da Pastoral da Educação no Regional Norte 2.

A Igreja Católica celebra o Dia do Estudante no Brasil em 11 de agosto, data que coincide com a criação dos dois primeiros cursos superiores do país, em 1827. Embora não seja uma festa litúrgica específica, a Igreja costuma celebrar essa data com atividades e reflexões sobre o papel dos estudantes na sociedade e na Igreja. Além disso, a Igreja Católica também tem um padroeiro dos estudantes, São José de Cupertino que é lembrado em sua festa litúrgica. 

As celebrações realizadas no Regional Norte 2 são oportunidades para reforçar a importância da formação intelectual, moral e espiritual dos jovens, incentivando-os a perseverar em seus estudos e a buscar a santidade em suas vidas. 

São José de Cupertino, conhecido como o “santo voador”, é o padroeiro dos estudantes, especialmente daqueles que enfrentam dificuldades nos estudos. 

A História de São José Cupertino – fonte: Santo do Dia no site da Canção Nova

Quando José Maria Desa nasceu, em 17 de junho de 1603, na cidadezinha de Cupertino, na província italiana de Lecce, sua família não levava uma vida fácil. Seu pai, Félix, foi envolvido na falência financeira de um conhecido, a quem havia emprestado dinheiro, acabando na miséria. Por isso, José veio ao mundo em uma estrebaria, como Jesus, e, desde criança, teve de fazer um esforço para contribuir com as despesas de casa, trabalhando em uma venda. 

São José de Cupertino até começou a ir à escola, mas foi acometido por uma úlcera gangrenosa, que o obrigou a deixar os estudos por cinco anos. Sua mãe, Francisca Panaca, mulher forte e vigorosa, tentou dar-lhe uma formação básica, mediante a narração da vida dos Santos, como a de São Francisco. Assim, amadureceu em José o desejo de seguir e imitar a vida do “Pobrezinho de Assis”.

Aos 16 anos, pediu para entrar na Ordem dos Frades Franciscanos Conventuais, no convento da “Grottella”. Entretanto, a sua pouca formação escolar não o ajudou, sendo obrigado a voltar à sua vida de antes. Com o tempo, São José de Cupertino dirigiu-se aos Franciscanos Reformados e, depois, aos Capuchinhos de Martina Franca, mas a resposta era sempre a mesma: pouca instrução, além das suas primeiras manifestações de êxtase, durante as quais deixava cair tudo das mãos, que o tornaram inadequado para a vida comunitária. 

Neste ínterim, o Supremo Tribunal de Nápoles estabeleceu que, ao se tornar maior de idade, José devia trabalhar, sem remuneração, até pagar toda a dívida do pai, já falecido. Diante de tal sentença, que na verdade era uma verdadeira escravidão, o jovem voltou a pedir para entrar no convento de “Grottella”. Os Frades levaram a sério a sua situação e o ajudaram a fazer um verdadeiro percurso de estudos. 

Entre milhares de dificuldades, mas graças à sua grande força de vontade, chegou a hora de enfrentar o exame para o Diaconato. Ali, realizou-se um prodígio: José conhecia a fundo apenas uma passagem do Evangelho, precisamente aquela que, por acaso, o Bispo examinador lhe pediu para comentar. Um acontecimento extraordinário semelhante deu-se, novamente, três anos depois, durante o exame para o Sacerdócio: o Bispo interrogou alguns candidatos e, achando-os particularmente preparados, estendeu a admissão ao Sacerdócio a todos os outros candidatos. Enfim, em 1628, José foi ordenado sacerdote.

“Irmão burro” e dom de ciência infusa

A humildade de São José de Cupertino, porém, permaneceu proverbial. Ciente das suas limitações culturais, nunca renunciava aos trabalhos manuais mais simples, chegando até a se apelidar “Irmão burro”; no entanto, dedicava-se ao serviço dos mais pobres. José viveu seu amor à Igreja de forma incondicional, colocou Cristo ao centro da sua vida e tinha uma profunda devoção a Maria, Mãe de Deus. Contudo, quem o ouvia falar reconhecia nele a luz de uma teologia madura, com a qual fazia debates profundos, era o dom da ciência infundida (Deus que revela o conhecimento ao homem), que o tornou um grande sábio.

No entanto, se acentuavam em José os fenômenos de êxtases e levitações, sobretudo quando pronunciava os nomes de Jesus e Maria. Tais episódios não passaram despercebidos à Inquisição de Nápoles, que o convocou para saber se o jovem de Cupertino estivesse abusando ou não da credulidade popular. E, precisamente, diante dos Juízes, reunidos no Mosteiro de São Gregório Armênio, José teve uma levitação. Por isso, foi absolvido de todas as acusações, mas o Santo Ofício o obrigou ao isolamento, longe das multidões.

Desta forma, o futuro Santo passou de um convento ao outro – Roma, Assis, Pietrarubbia, Fossombrone – até chegar a Ósimo, perto de Ancona. Finalmente, ao chegar ali, em 1656, por ordem do Papa Alexandre VII, encontrou a paz. De fato, ali permaneceu sempre até a morte, levando sempre uma vida humilde, ao serviço do próximo e em colóquio pessoal com Deus, que culminava na celebração Eucarística.

São José de Cupertino faleceu, em 18 de setembro de 1663, aos 60 anos. Bento XIV o beatificou, em 1753, e Clemente XIII o canonizou em 16 de julho de 1767. Hoje, seus restos mortais descansam em uma urna de bronze dourado, na cripta da igreja de Ósimo, a ele dedicada. Foi construído também um Santuário, em sua homenagem, em Cupertino, sobre a estrebaria onde o Santo nasceu.

“Capacidade de voar, com a mente e com o corpo” eis a chave estilística, que caracterizava a vida de São José de Cupertino. No entanto, apesar das suas dificuldades nos estudos, recebeu o dom da ciência infundida e momentos de êxtase com levitações. Isso tornou-o padroeiro dos estudantes e universitários. 

Oração a São José de Cupertino

Tu, que alcançastes as mais altas ciências, não pela via intelectual, mas sim pelas vias místicas, ajudai-nos nos nossos estudos e no desejo mais sincero de conhecer a Deus. Ensinai-nos a descobrir em Jesus o caminho da sabedoria. Amém!

São José de Cupertino, rogai por nós!