Área Pastoral Assuriní acolhe o 27º Encontrão das CEBs da Transamazônica e Santarém-Cuiabá

Entre os dias 23 e 26 de julho, a Área Pastoral Assuriní, na Diocese de Xingu-Altamira, foi lugar de encontro, partilha e renovação da fé com a realização do 27º Encontrão das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Região Transamazônica e Santarém-Cuiabá.

O tema que iluminou o encontro foi: “CEBs, Ecologia Integral e Economia Solidária”, um chamado à comunhão e ao cuidado com a vida em todas as suas dimensões.
As CEBs têm uma história profundamente ligada ao povo amazônico. Desde a década de 1970, quando se abriram as rodovias BR-230 (Transamazônica) e BR-163 (Santarém-Cuiabá), homens e mulheres migrantes de diversas regiões do Brasil encontraram, nas pequenas comunidades católicas espalhadas pelas estradas, vicinais e agrovilas, um espaço de acolhida, oração e organização popular.
Ali, nas partilhas da Palavra e da vida, o povo foi descobrindo a força da fé vivida em comunidade, dando origem a movimentos sociais, sindicatos e cooperativas, expressões concretas de um Evangelho que se encarna nas lutas do povo e na defesa da dignidade humana.
Durante o encontrão, o padre Alírio, da Diocese de Xingu-Altamira, recordou:
“As CEBs são a Igreja que nasce do povo. Cabe a nós, como lideranças, padres e bispos, continuar fermentando esse espírito para que o povo seja senhor da sua própria história.”

O encontro contou com a presença e assessoria de Jorge e Luís, animadores da equipe de CEBs do Regional Norte 2, vindos de Belém (PA). Eles ajudaram a aprofundar o tema à luz da Palavra de Deus, convidando as comunidades a refletirem sobre os desafios e esperanças no atual contexto eclesial e amazônico.

O encerramento foi marcado por uma celebração eucarística presidida por Dom João Muniz, bispo da Diocese de Xingu-Altamira. Com alegria e esperança, os participantes foram enviados em missão, comprometendo-se a fortalecer o espírito comunitário, mantendo viva a chama das CEBs e reafirmando os valores de solidariedade, partilha e defesa da vida e da Casa Comum.
“As CEBs continuam sendo um sinal de esperança e profecia no coração da Amazônia — lugar onde a Igreja caminha junto com o povo, escutando, servindo e cuidando da vida.”