por Vívian Marler / Assessora de  COmunicação do Regional Norte 2 da CNBB
 fotos Alex Maciel

Foi lançado nesta manhã (29/8), na sede do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBBN2, o livro “Cartas sobre os Créditos de Carbono”, do engenheiro florestal e assessor da Comissão Pastoral da Terra – CPT no Marajó, Carlos Augusto Ramos. A Obra, apoiada pela Comissão Pastoral da Terra – CPT, busca conscientizar e promover novas formas de renda sustentável para proteger a Amazônia do capitalismo especulativo.

Carlos Augusto Ramos reúne, em sua obra, sete cartas escritas desde 2018, nas quais compartilha suas inquietações, pesquisas e acompanhamento das comunidades marajoaras assediadas pelo mercado internacional de créditos de carbono.

Suas cartas, expõe ainda as promessas enganosas, os contratos confusos que comprometem gerações futuras e a manipulação de lideranças que geram conflitos internos nas comunidades. O autor busca alertar para os perigos de um mercado que, sob o discurso da sustentabilidade, esconde a exploração e a especulação sobre os territórios amazônicos. “Este livro é fruto da minha preocupação com as estratégias matreiras do capital que visam lucrar com a natureza, sem se importar com as consequências para as comunidades e para o meio ambiente”, afirma Carlos Augusto Ramos.

A obra convida a uma reflexão sobre o nosso tempo e a necessidade de criar maneiras de gerar renda e proteger os territórios amazônicos diante de um mundo cada vez mais especulativo. “Espero que este livro ajude as pessoas a refletir um pouco mais sobre o nosso tempo e a criar importantes novas maneiras de gerar renda, novas maneiras de proteger seus territórios diante de um mundo cada vez mais especulativo”, destaca o autor.

Os créditos de carbono, de forma bem simples, podem-se dizer que são um tipo de crédito que a pessoa ou empresa tem, como num banco. Todavia, nesse caso, o banco é a população, isto é, o planeta Terra, um todo interligado.

O jogo é audaz, há lugares onde a natureza ainda é abundante e preservada, com grande capacidade de transformar gases poluentes em oxigênio; e existem os grandes poluidores, que desejam continuar seus negócios lucrativos sem se importarem com as consequências criminosas de sua atuação.

Estiveram presentes ao lançamento representantes de comunidades que lutam pela Amazônia, onde junto com o autor debateram o tema ajudando a construir alternativas para um futuro mais justo e sustentável, e o presidente da CPT no Regional Pará, Francisco Alan.

 

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