por CETEL

Na sexta-feira, 21 de fevereiro, Comissão Episcopal para os textos litúrgicos (Cetel) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) começou a revisão dos novos lecionários para a missa. O trabalho de revisão acontece levando em consideração a necessidade de que as leituras previstas nos livros litúrgicos estejam em consonância com a Bíblia da CNBB.

O texto do lecionário foi revisado por uma equipe de biblistas, sob a coordenação do arcebispo de Olinda e Recife e segundo vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson. Agora segue a revisão dos bispos da Cetel e de alguns liturgistas. Essa segunda revisão faz-se necessária para levar em consideração a proclamabilidade do texto e para atingir os objetivos rituais e litúrgicos da Palavra de Deus.

O bispo de Bonfim (BA) e presidente da Cetel, dom Hernaldo Pinto Farias, e os bispos da comissão, têm a intenção de oferecer o texto revisado antes do final do ano para que a Edições CNBB possa em tempo preocupar-se com a editoração e a publicação do livro. Os novos lecionários para o uso no Brasil vão seguir o modelo de outras conferências. Teremos um lecionário para cada ano litúrgico, por isso receberemos o livro destinado para as leituras dominicais do ano A.

Centralidade das Sagradas Escritas

O Lecionário Bíblico, também conhecido como a Bíblia Litúrgica, foi recuperado pela Reforma Litúrgica do Concílio Vaticano II e ocupa um lugar teológico dentro da celebração litúrgico-ritual dos divinos mistérios.

O Concílio recorda, antes de tudo, a dimensão cristocêntrica de tal ação ritual, quando afirma que Cristo está “presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura” (SC 7).

O assessor da Comissão episcopal para a Liturgia, frei Luís Felipe, sublinha que “é enorme a importância da Sagrada Escritura” porque é nela que se vão buscar as leituras explicadas na homilia, os salmos, as preces, as orações e os hinos litúrgicos (cf. SC 24).

A comissão também trabalhou a oração coleta para a memória facultativa de Santa Tereza de Calcutá, recentemente inserida no calendário litúrgico romano. Esse texto seguirá para aprovação na próxima Assembleia Geral da CNBB e, posteriormente, para o uso litúrgico das comunidades brasileiras em setembro de 2025.