por Luiz Lopes Jr / Comunicação CNBB

O contexto de uma canonização na Igreja é sempre oportunidade para destacar o chamado de todos os batizados à santidade a partir do testemunho daqueles que são elevados aos altares. Com isso, a Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma carta aos bispos sobre a recordação dos santos, beatos, veneráveis e servos de Deus nas Igrejas Particulares.

Esse documento tem como base uma carta escrita pelo Papa Francisco em 2024, na qual ele propôs que, a partir do Jubileu de 2025, as dioceses recordem no dia 9 de novembro – Festa da Dedicação da Basílica de Latrão – todos os santos, beatos, veneráveis e servos de Deus do seu território, independentemente de terem ou não uma memória litúrgica própria.

O objetivo dessa iniciativa é “recordar, apresentar e difundir o testemunho daqueles que marcaram a história e a espiritualidade local”.

“Com essa iniciativa, o Papa Francisco lançou um marco importante na história das Causas dos Santos, e ofereceu às Igrejas Particulares a oportunidade de reconhecer e celebrar a santidade presente em seu meio”, destacou o bispo de Bonfim (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, dom Hernaldo Pinto Farias.

Às conferências episcopais coube elaborar orientações pastorais visando “redescobrir e manter viva a memória desses discípulos extraordinários de Cristo – homens e mulheres que deixaram um testemunho marcante da presença do Senhor ressuscitado e que continuam sendo guias seguros em nossa caminhada rumo a Deus”.

Assim, a carta assinada por dom Hernaldo contém pontos positivos que a iniciativa traz para a Igreja local e a orientação sobre algumas distinções que devem ser feitas no momento dessas recordações.

Segundo dom Hernaldo, devem ser esclarecidas:

  • a diferença entre santos, beatos, veneráveis e servos de Deus;
  • a distinção entre vocação universal à santidade e processo canônico de canonização;
  • a diferença entre memória litúrgica e recordação pastoral e
  • o que caracteriza o culto público em relação à devoção privada.

“Tais esclarecimentos são fundamentais para que os agentes de pastoral e o povo de Deus compreendam corretamente o sentido da proposta e colaborem com entusiasmo na sua implementação”, explicou o bispo.

Com essa iniciativa, as dioceses poderão lembrar dos santos, beatos, veneráveis e servos de Deus que viveram em seu território, mesmo aqueles que não estão inscritos no calendário litúrgico. Atualmente, segundo levantamento do monge beneditino valombrosano, dom André Alves, o Brasil possui 37 santos, sendo 30 homens e 7 mulheres. São 54 Bem-aventurados, 30 Veneráveis e 87 Servos de Deus.

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