A Comissão da Pastoral da Terra (CPT) Regional Norte 2 lançou nesta quinta – feira,19/05, a publicação Conflito no Campo do Brasil 2021.  É um caderno que reúne dados de conflitos e violências sofridas pelos povos indígenas, quilombolas e outros povos tradicionais do campo, das águas e das florestas.

Participaram deste lançamento o bispo referencial da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Dom Vital Corberllini, Andreia Silveira, Coordenadora Nacional do Pastoral da Terra, Ayane Monteiro, Doutora em Direito e pesquisadora  da Universidade Federal do Pará (UFPA),  Francisco Rodrigues, representantes dos trabalhadores,  Jorge Tembé, Indígena e Advogado da Associação Indígena do Vale do Acará e Itamar Silva do Carmo, da comunidade encontro das águas no município de Portel (PA).

Segundo o relatório, o estado do Pará liderou no ranking de conflitos em 2021, com 156 casos. Colocando o Pará, como o terceiro em número de pessoas ameaçadas de morte.  Entre os principais agentes dos conflitos estão os fazendeiros com 25%, seguidos dos grileiros com 19%, e garimpeiros 15%.

A pesquisa revela que, das 1, 242 ocorrências no Brasil por terra, a Amazônia detém quase a metade dos conflitos registrados em todo os pais. O relatório aponta que o número de conflitos por água no Pará registrou um aumento entre dois últimos anos. Passou de 31, em 2020, para 47, em 2021.

O que causaram os conflitos pela água, em primeiro lugar estão as hidrelétricas, em seguidas as mineradoras e empresários de outros países. Os conflitos paraenses com mais ocorrências são Belém, Altamira e Santarém.

 

Imagens: Renan Rosário