por Vívian Marler / Assessora de Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB

Ao final do ‘Simpósio Internacional – Igreja Católica na COP 30’, realizado ontem (12/11) no Colégio Santa Catarina de Sena, os presentes juntos com cardeais, bispos, clero, diáconos, leigos consagrados e membros de instituições eclesiais e civis, saíram em ‘Procissão dos Mártires da Casa Comum’ até a Basílica de Nazaré, onde aconteceu uma Celebração Eucarística, parte da programação ‘COP30 na Igreja’, unindo fé e preocupação ambiental em um evento marcante. A missa, realizada em um contexto de urgência climática, celebrou os 10 anos da encíclica Laudato Si’ e reuniu líderes religiosos de diversas partes do mundo.

A celebração, que concluiu o Simpósio promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Julio Akamine, iniciou com homenagens a mulheres que se destacaram na luta por causas sociais e ambientais. A referência ao gesto do Papa que abençoou um bloco de gelo da Groenlândia, simbolizou a urgência da ecologia integral e a necessidade de ações concretas para proteger o planeta.

Em sua homilia, Dom Julio Akamine traçou um paralelo entre a figura de Herodes e o poder tirânico que prioriza a autopreservação em detrimento do meio ambiente e dos mais vulneráveis. A crise climática foi apresentada como resultado da deterioração das relações humanas – consigo mesmos, com os outros, com Deus e com o mundo. A conversão, o perdão e a humildade foram apontados como caminhos para a cura dessas relações e para a construção de um futuro mais sustentável.

Durante a celebração, foram feitas orações e súplicas por líderes da Igreja, pela proteção da “casa comum” e pelo descanso eterno daqueles que morreram na defesa da terra e dos povos originários. Um momento de consagração à Nossa Senhora de Nazaré buscou sua intercessão por uma vida de paz, graça e fidelidade aos compromissos do batismo.

O Arcebispo de Belém acolheu os Cardeais e Bispos de diferentes países, ressaltando o papel de Belém como portal da Amazônia e a importância da união da Igreja Católica em torno das questões ambientais. Ao final da celebração, um convite para um musical sobre São Francisco de Assis reforçou a mensagem de cuidado com a criação e comunhão com todas as criaturas.

A missa foi encerrada com a bênção final e o envio dos fiéis, inspirados pela palavra e pela Eucaristia, a viverem em paz e a promoverem a justiça ambiental.

Após, foi realizado na Praça Santuário uma apresentação cultural aberta ao público.

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