por Pascom / Diocese de Cametá

Encerrou hoje (14) a ‘Semana Diocesana de Formação – SDF’, no Centro de Formação São Vicente de Paulo em Cametá com representantes de toda a diocese, entre eles religiosos e religiosas, leigos e lideranças das pastorais diocesana, sacerdotes e Dom Ivanildo Oliveira, bispo da Diocese de Cametá.

Com o tema ‘Comunidades Cristãs – CCs, perspectivas e novos desafios no tempo presente’, o encontro, que aconteceu ao longo de quatro dias, de 11 a 14, renovou o compromisso da Igreja local, em ser Igreja que quer caminhar na história ao lado das pessoas que buscam fazer uma caminhada humana e de fé, sentindo suas angústias e esperanças.

Dom Ivanildo na abertura falou da importância da formação permanente.A formação continuada é o meio pela qual a Igreja potencializa suas lideranças, tornando-as sempre mais capacitadas para o amadurecimento espiritual, intelectual e o diálogo com a cultura”, disse o bispo, que recordou quem são os sujeitos da formação “os sujeitos da formação são os padres, religiosos, diáconos e leigos; neste sentido, com responsabilidade forma seus missionários e missionárias, acolhe, prepara e envia para o ministério eclesial”, explicou Dom Ivanildo.

 O Assessor do tema central foi o padre José Boeing, religioso da Congregação dos Missionários do Verbo Divino – SDV. Doutor em Direito pela Universidade Nacional Mar del Plata – UNMDP na Argentina e Mestre em Direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara- ESDHC de Belo Horizonte, padre José já realiza, há 34 anos, a sua missão na Amazônia.

O assessor recordou, no primeiro dia de formação, que no contexto atual as comunidades se deparam aos novos desafios pastorais da Igreja, nos quais destacou as mudanças geográficas, impactos na cultura, a pastoral urbana que exige o aprofundamento da reflexão, bíblica, teológica, pastoral.

Na quarta-feira (12), o assessor continuou sua exposição, reforçando a necessidade de pensar em estratégias “precisamos pensar em estratégias que consigam dialogar novos métodos e perspectivas pastorais, considerando seus sujeitos, os caminhos possíveis de uma pastoral à luz de situações concretas. Faz-se necessário fazer memória [recordou os 50 anos dos Intereclesiais e os 60 anos da Campanha da Fraternidade] e trazer para nós hoje, aquilo que foi sinal na história, assim se constrói Planos setoriais para mitigação e adaptação”, disse padre José.

E continuou, “organizadas em Comunidades Cristãs somos modelos de Igreja em saída, porque está no meio do povo, caminha junto, faz opção preferencial pelos pobres, lutando por justiça, acolhe a todos, testemunha Jesus Cristo, pensa coletivamente, defende a vida, e está atenta as exigências do tempo presente.

Não existe crescimento sem formação. Não existe evangelização sem conhecer as diferentes culturas e realidades. Não existe autêntica vivência de fé sem profunda experiência de Deus. Não existe Igreja Sinodal sem comunhão e participação. A Paróquia é a comunidade de comunidades, educa para a fé, educa para a cidadania, faz os movimentos das pessoas, Deus que caminha com seu povo”, finalizou padre José Boeing.

Ao final do segundo dia do encontro, fez-se memória aos 20 anos de assassinato da Irmã Dorothy Stang.

No terceiro dia a reflexão sobre ‘Pastoral Urbana’, foi conduzida pelo padre Joaquim Bonifácio Machado, padre diocesano da Igreja local, que abordou a temática a partir de textos bíblicos e documentos da Igreja como DOC 100, 109 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, Documento de Aparecida e outros do Magistério da Igreja.

“A tarefa dos discípulos e missionários é a de criar espaços e condições para que o Reino de Deus aconteça na História dos homens. A sociedade justa e solidária, na realidade amazônica que respeita e defende a nossa Casa Comum se faz com pessoas preparadas e fortalecida pelos pilares Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária”, falou padre Joaquim.

Algumas características sobre o missionário foram apresentadas por padre Joaquim “antes de ser anunciador, o missionário é chamado a ser ouvinte atento da Palavra de Deus e a colocar-se na condição de discípulo do Evangelho. O peregrino de esperança assume caminho espiritual que além de se dirigir à lugar sagrado, implica atitude de renovação interior comprometida com a transformação pessoal e social”. 

Para fechar o dia, a assistente social Vera Lúcia Teles, falou sobre a ‘Comissão Diocesana para proteção de menores e pessoas em situação de vulnerabilidade’, apresentando a comissão diocesana e o trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria com a Rede de proteção no município de Cametá.

No último dia, depois dos momentos formativos, o coordenador Diocesano de Pastoral, padre Sandro Giovani Santos, informou que conforme o Diretório Pastoral art.144 a Assembleia do Povo de Deus deve ser realizada com ampla representação das paróquias, tendo um caráter celebrativo, avaliativo e de planejamento. É nesta Assembleia que se define as prioridades do Plano diocesano de pastoral. Dito isto, a Assembleia do Povo de Deus é uma atividade que definirá as diretrizes e objetivos pastorais, inspiradas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, para os próximos quatro anos na Diocese de Cametá.

A Assembleia do Povo de Deus acontecerá de 06 a 08 de novembro de 2025, no Centro de Formação Diocesano São Vicente de Paulo, em Cametá, sob o tema ‘Comunhão, Participação e Missão: Alargando as tendas num caminho Sinodal’ e o lema ‘Eis que faço nova todas as coisas’ (Ap 21,5).