por Luís Henrique S. de Barros/Secretario Diocesano da PJ da Diocese de Marabá
No dia de hoje, 20 de setembro de 2025, a Diocese de Marabá, a Pastoral da Juventude e defensores da vida se unem para lembrar e lutar por Lorena Lima, jovem mãe e militante assassinada há dez anos em um feminicídio que chocou Parauapebas (PA). O crime permanece impune, com o assassino ainda foragido.
Há uma década, Lorena Lima, assessora da Pastoral da Juventude e candidata ao Conselho Tutelar, foi brutalmente assassinada a golpes de machado na casa de sua mãe, no bairro Altamira, em Parauapebas. O crime, classificado como feminicídio, gerou indignação e protestos na comunidade, especialmente entre os jovens, que exigem justiça. Lorena não foi apenas uma vítima, mas uma mártir na construção do Reino de Deus, dedicando sua vida à causa das juventudes e acreditando em um mundo mais justo. Sua morte é um retrato da violência de gênero que afeta tantas mulheres, especialmente negras e periféricas, no Brasil.
O assassino, Cristiano Robson Pereira, conhecido como Paysandu, permanece foragido, personificando a impunidade que cerca a violência contra as mulheres no país. A polícia investiga o caso como um crime passional, embora boatos sobre um relacionamento entre o acusado e a mãe da vítima não tenham sido confirmados. A falta de prioridade na captura do feminicida demonstra uma falha estrutural do Estado em proteger as mulheres e punir seus agressores. A sociedade também falha ao culpar a vítima e normalizar a violência de gênero.
A Pastoral da Juventude mantém viva a memória de Lorena Lima, destacando sua dedicação às causas da juventude e denunciando a impunidade em torno de seu assassinato. Lorena iniciou sua participação na Pastoral da Juventude em 2005 e acreditava na transformação de vidas através da fé e do amor. A Pastoral da Juventude organiza marchas contra a violência e o extermínio de jovens em Parauapebas, utilizando o caso de Lorena Lima como um símbolo da luta contra a violência que afeta a juventude, particularmente mulheres negras e pobres.
A morte de Lorena Lima permanece como um alerta doloroso sobre a incapacidade social de proteger as mulheres e punir seus agressores. A Diocese de Marabá, a Pastoral da Juventude e todos que acreditam na vida se recusam a deixar que sua história seja apagada. Exigimos justiça para Lorena e para todas as mulheres vítimas da violência sistêmica, e conclamamos a sociedade a transformar suas estruturas machistas e a combater o silêncio cúmplice. Lorena Lima é memória viva, incentivo à luta e profecia de resistência.
Nos links abaixo, mais informações sobre o caso não finalizado.
Portal C3: https://portalc3.net/memoria-lorena-lima-jovem-da-pastoral-da-juventude-vitima-de-feminicidio/
Pastoral da Juventude: https://pj.org.br/lorena-lima-uma-vida-dedicada-ao-reino/
Câmara Municipal de Parauapebas: https://parauapebas.pa.leg.br/portal/index.php/noticias-plenario/item/203-amigos-de-jovem-assassinada-fazem-homenagem-na-camara-municipal
Pebinha de Açúcar: https://pebinhadeacucar.com.br/comocao-e-revolta-marcam-o-sepultamento-da-jovem-lorena-lima/
Zé Dudu: https://www.zedudu.com.br/marcha-contra-violencia-de-jovens-relembra-assassinato-de-lorena-lima-em-parauapebas/
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