por Vivian Marler/ Assesora de Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB*

Há uma semana Dom Wilmar Santin, bispo da Prelazia de Itaituba (PA) está em sua visita anual a Missão Sao Francisco do Rio Cururu, quando visitará nove aldeias do Povo Munduruku.

Com difícil acesso à Internet e energia, Dom Wilmar, Frei Sebastião Robledo, coordenador da Missão Sao Francisco e Frei Dode, missionário argentino que faz sua segunda experiência na região.

A viagem que iniciou na segunda-feira (27/10) e com previsão de encerrar no dia 11 de novembro, tem o objetivo de levar a Palavra de Deus por onde passar. Em todas as aldeias do Povo Munduruku serão realizadas Celebrações Eucarísticas com primeira comunhao, crisma e batizado. Um trabalho de evangelização realizado por frei Sebastião com apoio dos catequistas formados dentro das comunidades.

Há 14 anos, Frei Sebastião chegou a Amazônia, em sua primeira missão de evangelização realizada na região do rio Cururu, durante o centenario da chegada dos primeiros missionários, que aconteceu em 2011, e logo se apaixonou pelo povo Munduruku e pela Amazônia, e percebeu que a missão era sobre desaprender e acompanhar os processos de fé, humanidade, identidade cultural e construção histórica do povo Munduruku, reconhecendo-os como protagonistas de sua própria história.

Frei Sebastião enxerga os povos originários como guardiões da Criação e diz que a frase “Tudo está interligado”, que está presente na Campanha da Fraternidade 2025, é indígena”, destaca a interconexão entre todos os aspectos da vida, como o espiritual, social, ambiental e pessoal. A mensagem enfatiza que as crises atuais são complexas e que é necessária uma “conversão ecológica” para cuidar da “Casa Comum” (o planeta Terra), o que implica em mudar a maneira de viver, pensar e agir individual e coletivamente.nto aos povos indígenas.

Desde o dia 27 de novembro, os missionários se aventuram por terra, ar e cortam as estradas de rio com voadeiras – pequenos barcos a motor, usado como meio de transporte pelas comunidades que vivem em meio a Floresta Amazônica.

Dom Wilmar saiu de Itaituba a bordo de um avião de pequeno porte, conhecido como teco-teco, da empresa ART Taxi Aéreo, uma das principais apoiadores da Missão. Após cerca de 1h30 o voo aterrizou na Missão Sao Francisco, que possui uma pista de voo, para pequenos avioes, que corta a aldeia pousando ao lado de um ‘chapeu de palha’, como é chamado um carramachao dom teto de palha, onde os jovens estudam, e estavam tendo aula na hora da chegada de Dom Wilmar.

Após ter sido recepcionado por crianças e membros da comunidade, com muita alegria e cortesia, ajudando-o a transportar suas bagagens até a casa principal, Dom Wilmar encontrou-se com os freis Sebastião, Dode, Ámauri, Jailson e um grupo de postulantes franciscanos que estavam fazendo uma experiência missionária.

As visitas as aldeias indiginas iniciaram no dia seguinte, da chegada, até hoje, 2 de novembro, foram realizadas 74 crismas, 2 batizados e 13 primeiras comunhão. Para amanhã estão previstas 13 crismas no Posto Munduruku, que foi posto do Serviço de Proteção ao Índios – SPI, depois a FUNAI assumiu, transformando em Posto de Saúde, e hoje este posto nao existe mais, está abandonado.

Após a Celebração do Crisma o grupo dá prosseguimento às próximas aldeias do Povo Munduruku.

*Vivian Marler, jornalista, integra a equipe de missionários.

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