por Vívian Marler / Assessora de Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB

A Pastoral Familiar do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBBN2, promoveu, no dia 19 de agosto, no auditório Paulo Apostolo, no Centro Social de Nazaré, em Belém (PA), uma formação crucial sobre a questão do aborto, com o objetivo de capacitar seus membros a defender a vida de forma clara e fundamentada. O palestrante, Dr. Mário da Silva Ribeiro, doutor em Direito, apresentou uma análise minuciosa dos principais argumentos pró-escolha, refutando-os um a um com base em evidências científicas e princípios filosóficos sólidos.

O Dr. Mário iniciou sua exposição desconstruindo um dos principais argumentos pró-aborto, a alegação de que o nascituro não é um ser vivo. Com uma linguagem acessível, ele explicou os fundamentos da biologia, destacando que o embrião unicelular possui as características essenciais de um ser vivo, como constituição celular, coordenação, herança de caracteres, tendência evolutiva, excitabilidade e reprodutibilidade. Ele exemplificou como o embrião já dispõe de mecanismos internos que garantem sua estabilidade orgânica (homeostase) e como seu genoma carrega a informação genética que o identifica como um novo membro da espécie humana.

Em seguida, o palestrante abordou a complexa questão da personalidade do nascituro. Ele refutou a ideia de que o nascituro não é uma pessoa por não ter uma natureza racional, argumentando que essa visão ignora a importância dos acidentes, ou seja, das características que se desenvolvem ao longo da vida, mas que não alteram a natureza humana. Ele destacou que os genes constitutivos da capacidade racional já estão presentes no nascituro, como os genes GRIN2B (aprendizagem, memorização), COMT (avaliação da realidade) e BDNF (aprendizagem, memorização e tomada de decisões).

Dr. Mário Ribeiro também desmontou a alegação de que a argumentação contra o aborto é de ordem religiosa, enfatizando que sua defesa da vida se baseia nas constatações estritamente racionais da embriologia, genética e ética da lei natural. Ele citou a importância de se conhecer os dados biológicos vigentes e a filosofia clássica para refutar os argumentos pró-escolha no debate público. Por fim, o palestrante desmistificou a ideia de que o aborto é uma questão de assistência médica à mulher, argumentando que o papel da medicina é promover a saúde e a vida, e que o ato de matar um bebê é uma distorção da prática médica.

O palestrante concluiu sua exposição reforçando que o nascituro é um ser vivo, humano, pessoal e digno, com direito natural à vida, e que essa verdade pode ser apreendida pela razão, no entrelaço entre biologia e filosofia. A palestra do Dr. Mário da Silva Ribeiro representou um importante passo na capacitação dos membros da Pastoral Familiar, fornecendo-lhes ferramentas para defender a vida de forma clara, inteligente e fundamentada, em um diálogo aberto e respeitoso com a sociedade.

 

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