por Vívian Marler / Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB
com informações do Vatican News
Em mensagem para o Domingo do Mar, o Vaticano exorta a Igreja a reconhecer e defender os direitos dos trabalhadores marítimos, destacando a importância de um desenvolvimento humano integral.
Em uma mensagem inspiradora para o Domingo do Mar, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano lança um olhar atento sobre a vida dos trabalhadores marítimos, muitas vezes esquecidos, e faz um chamado urgente por justiça, dignidade e esperança.
Anualmente, as comunidades católicas ao redor do mundo dedicam suas orações e reflexões aos homens e mulheres do mar. O ‘Domingo do Mar’, celebrado na segunda semana de julho, é um momento para a Igreja recordar o trabalho árduo, muitas vezes invisível, de milhares de marítimos que dedicam suas vidas à economia e ao desenvolvimento global.
Inspirado na Constituição Gaudium et Spes do Concílio Vaticano II, que completa 60 anos, o Vaticano ressalta que as alegrias, esperanças, tristezas e angústias dos trabalhadores marítimos ressoam no coração da Igreja. A mensagem enfatiza que esses trabalhadores não estão sozinhos em suas demandas por justiça, dignidade e alegria.
O documento papal defende um desenvolvimento humano integral, que abrange todas as dimensões físicas, espirituais e comunitárias do ser humano. Onde o Evangelho é proclamado e a presença de Jesus ressuscitado é acolhida, o mundo não pode permanecer igual.
Em um ano jubilar, a mensagem questiona a ordem estabelecida e convida à conversão, quebrando correntes, perdoando dívidas e redistribuindo recursos. A Igreja é chamada a refletir sobre as condições de trabalho nos portos e navios, garantindo direitos, segurança e assistência material e espiritual.
Diante de um mundo marcado por conflitos e desigualdades, o Vaticano exorta a amar a vida, reconhecendo a importância de relações que libertam e promovem a prosperidade, em vez de humilhar. A atenção deve se concentrar em quem movimenta a economia, muitas vezes sem benefícios e exposto à discriminação.
O Vaticano conclui a mensagem expressando gratidão aos trabalhadores marítimos, peregrinos da esperança, e pedindo que construam pontes de paz, unindo terras e convidando a olhar para o horizonte infinito. A mensagem finaliza com uma suplica a Maria, Estrela do Mar, para que oriente e ilumine a esperança de todos.