Terminou no domingo (25/11), a 9ª Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus, em Aparecida (SP). Os participantes do encontro, que reuniu todas as entidades que reúnem diferentes atores eclesiais, assinaram uma mensagem na qual destacam os objetivos propostos e manifestam apoio ao papa e aos bispos do Brasil.
Durante a assembleia, também ficou decidido que o evento será realizado com periodicidade de quatro anos.
O trabalho em conjunto na Igreja, a busca pela sinodalidade (o sentido de caminhar juntos) e o protagonismo dos cristãos leigos e leigas foram elementos ressaltados na mensagem, assinada pelos presidentes do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), da Conferência Nacional dos Institutos Seculares do Brasil (CNIS), da Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil (CRB), da Comissão Nacional dos Diáconos (CND), da Comissão Nacional de Presbíteros (CNP) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Com o tema “Sinodalidade da Igreja e o protagonismo dos Cristãos leigos e leigas”, a assembleia teve como objetivos “fortalecer a Igreja comunhão e missão; reavivar a consciência da corresponsabilidade na evangelização; crescer na comunhão entre os Organismos e vivenciar a sinodalidade e a unidade na ação evangelizadora; tornar regulares as Assembleias acionais dos Organismos do Povo de Deus; celebrar a presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil e celebrar a culminância do Ano Nacional do Laicato”.
Iniciado na quinta-feira, 22, o encontro foi oportunidade para fazer memória histórica das assembleias anteriores, cuja dinâmica foi iniciada em 1991. Com palestras, painéis e exposições, fizeram reflexão e aprofundamento a respeito da Sinodalidade da Igreja e o protagonismo dos cristãos leigos e leigas. A sinodalidade entre os organismos também foi abordada.
No processo de elaboração das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o período de 2019 a 2023, monsenhor Antonio Catelan, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, que é membro do grupo que elabora o texto a ser votado pelos bispos na próxima Assembleia Geral da Conferência Episcopal, apresentou a proposta de texto preparada pela CNBB e recebeu sugestões para enriquecer o material.
Os participantes também regulamentaram a realização das assembleias. Daqui em diante, será organizada a cada quatro anos.
CF 2019
A partir da análise da conjuntura do país, na qual se apresentaram realidades como crise política, esvaziamento da ética na sociedade, incertezas com relação ao futuro, pobreza, desemprego e violência, além do “olhar excludente em relação às minorias e aos movimentos sociais”, devem ser lançadas “atitudes proféticas e uma articulação das iniciativas para a construção de uma sociedade justa, humana e fraterna”. Neste sentido, os participantes percebem a Campanha da Fraternidade 2019 como “momento privilegiado para afirmar a nossa identidade cristã”.
A solidariedade aos bispos está relacionada ao trecho da Carta de São Paulo aos Coríntios, quando o apóstolo fala sobre a Igreja: Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele” (1 Cor 12,26). Eis o que escreveram no trecho: “Como Corpo de Cristo, sofremos e nos solidarizamos com os que são incompreendidos e perseguidos, na pessoa do Papa Francisco, dos nossos queridos Bispos e dos demais irmãos e irmãs do Povo de Deus”.
Por: CNBB com o apoio do CNLB