por Vívian Marler / Assessora de Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB
A Pastoral da Juventude – PJ, da Diocese de Bragança, reuniu cerca de 200 jovens durante o ‘Encontro Biregional da Pastoral da Juventude – EBPJ’, que foi realizado nos meses de abril e maio, em Garrafão do Norte e Paragominas, respectivamente.
Devido a extensão da diocese, que é dividida em quatro regiões, a PJ dividiu a juventude por grupos, realizando, nos dias 26 e 27 de abril, em Garrafão do Norte, o encontro para cerca de 100 jovens das regiões 1 e 2, que abrange Bragança, Garrafão do Norte, Traquateu, Arriviseu dentre outras paróquias. E neste final de semana (24 e 25/5), o encontro foi realizado em Paragominas, com a juventude dos Regionais 3 e 4 da diocese.
O tema trabalho em ambos os encontros foi a ‘Musicalidade da Pastoral da Juventude’ e como ela consegue influenciar as diversas áreas pastorais na identidade, na espiritualidade, na mística e na história.
Após cada palestra foram realizadas rodas de conversa para que os jovens pudessem refletir e debater sobre os assuntos apresentados.
O seminarista Joseph Carré apresentou a temática sobre a ‘Historicidade e musicalidade dentro da faixa das Juventudes’ escolheu duas músicas onde apresentou a questão histórica dela, seus elementos no passado e sua aplicação no presente “apresentei duas músicas aos jovens onde apresentei o seu significado para o passado, e uma aplicação atual para a realidade da evangelização dos grupos de jovens, da pastoral da juventude, no sentido da historicidade, no sentido da reflexão, da criticidade, e de perceber. Uma forma de ajudar os jovens a perceberem como a música é importante e fundamental dentro da realidade da parte da juventude para o jovem da PJ. Ajudando-os a refletir sore a realidade, e ajudando a ter esperança na realidade, que mesmo com as angústias, mesmo com as crises que os jovens têm, é importante observar tudo aquilo que está em nosso contexto.
A música nos ajuda, nos faz pensar desta maneira. E as músicas escolhidas foram do Lulu Santos ‘Como Uma Onda’, que tratava justamente dessa questão volátil, desta onda que passa, tudo que é passageiro, mas também desta esperança, tendo em vista de que o pulsar do coração do jovem, ele sempre tem essa experiência sempre e se tem sonhos. Mas é preciso observar e ter raízes, porque o Papa Francisco, também na Cristo Vivit, ele fala justamente para os jovens das raízes, os jovens terem raízes. E essa música, ela, representa muito bem para os tempos de hoje, nessa cultura líquida que estamos vivendo, nessa rapidez das coisas, como as relações que acabam. Mas que importante perceber diante de tudo isso o brilho a beleza que há nas relações humanas” contou Carré.
A outra música apresentada por Joseph Carré foi ‘Magnificat’, que tem suas raízes na canção de Maria, que é parte do Evangelho de Lucas (Lucas 1:46-55). Este hino de louvor e gratidão foi inicialmente usado como parte da tradição litúrgica, sendo cantado em serviços religiosos. Composições musicais do Magnificat, como a de Johann Sebastian Bach, surgiram como um meio de expressar a beleza e o significado espiritual da canção de Maria através da música. “Trabalhei a identidade de Maria, a qual os jovens vão se identificando com ela, com Maria missionária, com Maria servidora, com Maria que cuida dos idosos, seja no passado como no presente mas também no futuro ela é esse referencial que nos ajuda a avançar a essa tese, uma relação humana integral, uma relação humana próxima das pessoas encarnando as atitudes de Maria também, cantando um grande magnífico, na alegria do encontro com a sua prima Santa Isabel na alegria do anúncio recebido por estar grávida, por ter vida e assim por diante”, explicou o seminarista.
Francisco Viana, assessor para a juventude, falou, em Paragominas, sobre a temática ‘PJ: peregrinos da esperança na identidade da nossa história’, onde explicou como a Pastoral da Juventude pode ser um instrumento para os jovens esperançarem e construírem um futuro melhor para si mesmos e para a sociedade. “Expliquei aos jovens sobre a importância do protagonismo dos jovens, da pastoral da juventude e a sua ousadia, a apresentei como sendo uma pastoral social, e da responsabilidade que eles teriam, como missão de sempre acompanhar os diferentes tipos de juventude existente na sociedade, acolhendo-os, e inserindo-os na evangelização. Assim como tambem falei da importância de se manter a identidade da pastoral da juventude, com suas músicas e jeito de ser”
Ainda no encontro das regiões 3 e 4, outras palestras foram proferidas como a de Heloisa Beatriz que falou sobre o ‘Ano Jubilar’, aos presentes. Uma palestra voltada para a espiritualidade e como essa espiritualidade tem sido trabalhada dentro dos grupos de base, e quais músicas e quais dinâmicas e objetivos estão sendo traçados foi apresentada em ambos os encontros.
Para a jovem Suzane Mamede o EBPJ foi importante para todos os presentes porque além de conhecerem a história da pastoral aprenderam como devem agir com a juventude que irão assessora ao longo da missão da PJ “o EBPJ foi algo muito significativo e muito importante para todos nós, porque tivemos bastante aprendizado e conhecimento de como é a pastora, e de como é importante para cada comunidade, porque tem um significativo único. Aprendemos sobre toda a história da pastoral da juventude, e como devemos cativar os jovens para dentro da igreja, que era o que estava faltando compreender melhor. Foram três dias incríveis, com muita alegria, animação”, disse Suzane.
As noites culturais realizadas nos dois encontros foi envolvida de muita alegria, com apresentação de cada cidade. No primeiro encontro foi organizado um bingo e no segundo, um karaokê de músicas típicas e as trabalhadas dentro da pastoral.