A região Sudeste do Pará, na Diocese de Marabá, registra mais casos de violência e de mortes no campo e na cidade. Podemos ter a paz desejada pelo Senhor Jesus Cristo, através do perdão, da reconciliação e do amor? Passamos por momentos difíceis e por denunciamos a falta de segurança para as pessoas mais frágeis, os pobres, os necessitados e as necessitadas. Estamos vivendo uma situação de mortes de pessoas inocentes e a impressão é que tudo fica como está. Nós não podemos calar a voz diante de pessoas que matam os outros, sobretudo os pobres. O mandamento da lei de Deus é claro: Não matar. Precisamos defender as pessoas de modo que a morte não é palavra final mas é a vida que o Senhor nos dá e precisamos construí-la dia a dia.
A região Sudeste do Pará, na Diocese de Marabá, registra mais casos de violência e de mortes no campo e na cidade. Podemos ter a paz desejada pelo Senhor Jesus Cristo, através do perdão, da reconciliação e do amor? Passamos por momentos difíceis e por denunciamos a falta de segurança para as pessoas mais frágeis, os pobres, os necessitados e as necessitadas. Estamos vivendo uma situação de mortes de pessoas inocentes e a impressão é que tudo fica como está. Nós não podemos calar a voz diante de pessoas que matam os outros, sobretudo os pobres. O mandamento da lei de Deus é claro: Não matar. Precisamos defender as pessoas de modo que a morte não é palavra final mas é a vida que o Senhor nos dá e precisamos construí-la dia a dia.
Dois sem-terra foram executados a tiros na quarta feira passada. A localidade é conhecida como Assentamento Boa Esperança, ficando dentro do município de Marabá, mas está mais perto do perímetro urbano de Parauapebas, na região do Garimpo das Pedras, Diocese de Marabá. Ao saíram os executores disseram que teriam mais pessoas para serem mortas naquele acampamento. Por isso a violência está gerando mais violência. O que fazer? Nós suplicamos as autoridades municipais, estaduais e federais para que olhem com carinho e amor a nossa região marcada por conflitos agrários, em muitos assentamentos e acampamentos. As pessoas sem-terra ficam com medo diante de novas ameaças. A Igreja católica marca presença através das celebrações, visitas, implementação de algumas pastorais e movimentos. Deveríamos fazer mais.
Tivemos também três mortes de mulheres na cidade de Marabá. A polícia civil ainda não tem pistas sobre os autores dos assassinatos de três mulheres mortas nessa semana de violências no município de Marabá. Na realidade foram essas mulheres e também os dois sem-terra além de outras mortes violentas em nossa região do Sudeste do Pará. Por isso clamamos a paz desejada em nossas cidades, bairros e comunidades. É preciso o respeito para com as mulheres e os homens. É preciso a reconciliação entre as pessoas. Vamos dar um basta aos assassinatos de pessoas inocentes e pobres, ou de qualquer classe ou raça.
As mortes no campo parecem estar longe de uma solução pacífica. No Sudeste do Pará, existem segundo os dados oficiais, mais de 150 áreas de ocupação rural disputadas por camponeses sem-terra e fazendeiros, com 14 mil pessoas envolvidas de acordo com os dados apresentados pela CPT – Comissão Pastoral da Terra.
A impressão é que o governo federal não está dando muita atenção para os conflitos de terra, deixando as partes se resolverem entre si de modo que o mais forte, muitas vezes se sobressaia sobre o mais fraco. Como pessoas que acreditam em Jesus Cristo, e como Igreja, estamos unidos às pessoas que perderam os seus entes queridos, clamamos por justiça e por fraternidade, e que as pessoas vivam o mandamento da lei do amor a Deus, ao próximo com a si mesmo. As mortes de mulheres e de agricultores sem-terra não podem passar sem uma resposta das autoridades e de cada um de nós para enfrentar a violência não pela violência, mas pelo amor, pela vida em Jesus Cristo e por leis que ajudem o povo a viver em paz no campo e na cidade.