por Vívian Marler / Assessora de Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB

A Prelazia do Marajó realizou de 1º a 4 de julho, no Centro Pastoral Tagaste, em Breves (PA), o ‘Conselho Pastoral da Prelazia do Marajó’, e reuniu cerca de 70 pessoas entre leigos, padres, membros da vida consagrada e das novas comunidades, seminaristas e Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia.

Durante a programação, os representantes das dez paróquias realizaram uma análise de conjuntura eclesial através da avaliação da Caminhada da Prelazia do Marajó de janeiro de 2023, quando foi realizado o último Conselho, a junho de 2025, a partir das decisões da última Assembleia, em julho de 2022.

A ‘Análise de conjuntura social: Amazônia e a COP 30’ foi apresentada pelo promotor Público Federal, Doutor Felício Fontes, e a leitura do resultado das eleições municipais em 2024, ficou sob a responsabilidade de Marielson Rodrigues, Professor da Universidade Federal do Pará em Breves.

Com relação a ‘Formação: Recepção do Documento Final do Sínodo sobre a Sinodalidade e Sobre o Diaconato Permanente’, padre Renilson Macedo, coordenador de Pastoral do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no Pará e Amapá.

Dom José Ionilton realizou a formação sobre ‘Doutrina Social da Igreja” e prestou esclarecimentos sobre as ‘Orientações da Prelazia para Proteção de Menores e de Adultos Vulneráveis’. O seminarista Maurício falou aos presentes sobre a ‘Caminhada do Seminário e da Pastoral Vocacional’, passando a palavra para a Irmã Sandra, que explicou sobre o trabalho realizado ‘Conselhos Municipais’.

A leiga Solange e a Irmã Noemi, membros da Comissão da Prelazia, explanaram sobre a caminhada da Comissão Lux Mundi para recebimento de denúncias de possíveis casos de abuso ou assédio sexual, tornando assim a proteção de crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis ​​nas estruturas pastorais da Igreja viável.

Padre Rafael e a leiga Cleia, falaram sobre a necessidade da ‘Avaliação da aplicação da IVC – Iniciação à Vida Cristã na Prelazia’, a fim de que os trabalhos realizados pelos discípulos missionários, possam capacitar os cristãos a viverem plenamente os ensinamentos de Cristo e a testemunhá-los com convicção no seu dia a dia.

Ao longo dos dias do encontro aconteceu a ‘Partilha da Caminhada’ das Pastorais, Grupos e Movimentos, Pastoral Familiar, Pastoral da Criança, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Juventude, Pastoral do Dízimo, CPT – Comissão Pastoral da Terra, ECC – Encontro de Casais com Cristo, RCC – Renovação Carismática Católica, Comunidades Ribeirinhas e Novas Comunidades, a fim de que se possa esperançar o futuro.

“Tivemos momentos de estudo sobre o acolhimento do Documento Final do Sínodo da Sinodalidade, sobre a Doutrina Social da Igreja, sobre a CJP [Comissão Justiça e Paz], sobre a Proteção de Menores e adultos Vulneráveis, sobre os Conselhos Municipais. Começamos com este Conselho um caminho de preparação para a próxima Assembleia a ser realizada em julho de 2026, enquanto isto deixou-se acertado de continuar o caminho de efetivação do Plano Pastoral ainda não totalmente acolhido pela maioria de nossas Paróquias. Temos o desafio da missão na realidade do arquipélago do Marajó, poucos padres, poucas Irmãs da Vida Consagrada, poucos Missionários, poucos agentes pastorais e se agrava mais ainda quando se trata das Pastorais Sociais. Esperamos que nossa Prelazia continue buscando ser fiel à Palavra de Deus, ao ensinamento da Igreja e aos empobrecidos, que são os preferidos de Jesus”, disse Dom Jose Ionilton.

Sobre os desafios apresentados durante o Conselho, um deles é desafiador, que é o fazer crescer a consciência da dimensão social de fé cristã católica e levar o povo, da Prelazia, a celebrar a fé e fazê-la ter incidência nas comunidades no Arquipélago do Marajó e assim transformar a realidade social, para que haja mais justiça, mais respeito à dignidade humana e mais vida para o povo marajoara.

“Espero que rezemos a vida e vivamos conforme rezamos. Espero que consigamos fazer como Jesus nos deu exemplo: amar e servir. Queremos ser uma Igreja que celebra a Fé,   na oração e nos Sacramentos e façamos com que esta fé se transforme em missão a serviço da vida humana e da natureza, ambas criaturas de Deus. Nossa vida e missão neste chão amazônico, paraense marajoarense”, finalizou Dom Ionilton, bispo da Prelazia do Marajó.