por Vania Sagresti / Pascom Diocese de Castanhal
fotos Everardo Freitas e Pascom Maracanã

 Maracanã é terra margeada por rio do mesmo nome, com nascentes na região do Guamá, e que vai serpenteando um tanto de território do nordeste do Pará, reunindo fauna e flora, até desaguar no grande Mar, o Atlântico Sul, onde se veem extensos lamaçais, produto dos alagados de água salobra, de garças brancas que ao pôr-do-sol, rebuscam seu jantar.

Nessas terras, ricas de história, com um povo que tem São Miguel Arcanjo como seu padroeiro, passou dom Carlos Verzeletti que, em vinte anos de missão na Diocese de Castanhal, realizou a sua V Visita Pastoral.

Na última quinta-feira, 10, logo de manhã, o povo de Maracanã se concentrou na esquina das ruas 13 de maio com Saturnino Costa, recepcionando dom Carlos aos embalos da Banda Eládio Almeida. E, juntamente com o pároco, padre Benedito Santiago, prosseguiu até a Igreja de Santa Luzia. Nesse local houve a abertura oficial da Visita Pastoral, com a presença dos animadores, coordenadores dos movimentos, das pastorais e das comunidades do setor São Miguel. Dom Carlos saudou os presentes e, depois da Leitura Orante, partilhou sua reflexão, com ênfase na missão que estava começando.

É um tempo significativo para o bispo e para o povo a Visita Pastoral. Não se medem distancias, nem o meio de chegar lá aonde o povo está. Os relatos das viagens são os mais diversos; os rios são os caminhos e os caminhos se tornam as estradas.

As comunidades, que compõem os setores da paróquia, se prepararam para esses dias. O bispo escuta, dialoga, encontra os enfermos e celebra. Fica, no coração do bispo, a fé do povo, o amor a Jesus Cristo e a sua Igreja. Fica, no coração de sua gente, a mensagem deste Ano Santo, que é “justamente, na vida em comunidade e, como comunidade, que se descortina a experiencia da sinodalidade.” Carta Pastoral 2025: Há 20 anos Peregrinos de Esperança.

No último domingo, dia 13, acompanhamos a Visita Pastoral e, no final da tarde, o grande reencontro na cidade de Maracanã para a Missa de encerramento, marcado por despedidas e agradecimentos. Em especial, uma fala de dom Carlos chamou a atenção: “Maracanã, que outrora foi Cintra, tem uma história secular de fé e prosperidade. No séc. XVII, passaram os Jesuítas e, entre eles, o padre Antônio Vieira, grande pregador e evangelizador”.