Nesta celebração, se recorda a tradição da cruz encontrada por volta dos anos 300 em Jerusalém por Santa Helena, a dedicação das Basílicas do Gólgota e do local do sepultamento e ressurreição de Jesus

Nesta segunda-feira, 14 de setembro, a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Solenidade em que se recorda a tradição da cruz encontrada por volta dos anos 300 em Jerusalém por Santa Helena, a dedicação das Basílicas do Gólgota e do local do sepultamento e ressurreição de Jesus. Neste dia, também se faz memória da vitória de Heraclio sobre os persas em 630, dos quais foram arrebatadas as relíquias da cruz, solenemente transportadas para Jerusalém.

Em artigo publicado no portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG), dom Eurico dos Santos Veloso destaca que a Festa da Exaltação da Santa Cruz é fonte da santidade e símbolo da libertação, onde através da morte de Jesus na cruz, revela a vitória da Vida sobre o pecado, a morte e o mal.

Segundo dom Eurico, a essência principal da festa é recordar e vivenciar a Paixão de Jesus. “É exaltar a Cruz que condenou e esmagou o pecado em cada um de nós; é recordar dos cravos encravados nas mãos d‘Aquele que apagou o castigo do mal em cada um de nós. Afinal, todo aquele que olha a Cruz encontra Jesus Cristo que, ‘existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz’ (Fl 2,6-8)”, destaca.

O bispo cita o trecho de Jo 3,14-16 que fala que tudo isso foi realizado por Amor, com Amor e pelo Amor, pois “do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna”.

Dom Eurico aponta ainda no artigo “que possamos reconhecer, verdadeiramente, a profundidade do amor de Jesus por nós e pela humanidade, inspirando através deste ato de Amor, replicar a entrega deste mesmo Amor pelos nossos irmãos através da redenção e felicidade”.