No dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu-PA, o sangue de uma religiosa germinava o solo sagrado da Amazônia com um legado de profecia e esperança. Dorothy Mae Stang, religiosa da Congreação das Irmãs de Notre Dame, foi brutalmente assassinada por retaliação à sua missão evangelizadora marcada por denúncias e gritos proféticos que anunciavam: “A morte da floresta é o fim de nossa vida”.

Passados 14 anos, o dia 12 de fevereiro ainda está na memória do povo que sente falta da presença de Irmã Dorothy. Em Anapu a data contou com Celebração Eucarística presidida por dom João Muniz Alves, bispo prelado do Xingu-PA. A celebração teve início às 10h e contou com a participação de muitos sacerdotes, entre eles o pároco da Paróquia Santa Luzia de Anapu, Pe. João Carlos da Silveira. Diversas religiosas também estiveram presentes, bem como o povo de Deus que lotou o salão do Sítio São Rafael, local da celebração onde está enterrada a missionária norte-americana. O sítio foi idealizado pela religiosa para servir de espaço para o povo celebrar a vida e zelar pela floresta, é repleto de árvores nativas e frutíferas. Hoje, logo na entrada do espaço, se percebe o túmulo que fica à sombra das árvores e rodeado de plantas floridas.

Após a Missa, todos rodearam também o túmulo de Irmã Dorothy para orações e cantos que enaltecem a vivacidade do testemunho de fé e vida da religiosa.

Missão – A Missa também contou com o Sacramento da Confirmação de cinco jovens paroquianos de Anapu e a renovação do mandato de 17 Ministros Extraordinários da Sagrada Eucaristia. Todos servem na Paróquia Santa Luzia.

Em Belém – Na sede da CNBB Norte 2, em Belém, também foi celebrada uma cerimônia de ação de graças pelo testemunho de Irmã Dorothy. A celebração iniciou às 18h e foi realizada no Auditório Amazônia. Várias lideranças eclesiais e civis estiveram presentes.