por seminarista Lucas Alvarenga de Moraes / Diocese de São José dos Campos

De 13 a 15 de setembro, aconteceu no centro de Convivência Mãe do Bom Conselho das Irmãs Agostinianas Missionárias, em Jundiaí (SP) o ‘Encontro Nacional de Formação e Convivência Ecumênica da CNBB’. Porém, na véspera a Comissão Episcopal para o Diálogo Ecumênico se reuniu na Casa da Reconciliação, para repassar o planejamento e a programação do encontro nacional, assim como foram pensadas também as próximas ações estratégicas para o avanço do diálogo ecumênico em nível nacional.

Na Sexta feira dia 13 o encontro começou com um jantar e convivência amistosa entre os participantes, seguido de oração inicial conduzida por Dom Teodoro Mendes Tavares, bispo da Diocese de Ponta de Pedras e referente na CNBB pelo Diálogo Ecumênico e Interreligioso. A programação seguiu com uma apresentação geral de cada participante, o Frei Volnei Berkenbrok fez uma exposição sobre à história do ecumenismo e as mudanças paradigmáticas que a pós modernidade exigem de todos que trabalham no movimento ecumênico. Estiveram presentes membros da Igreja Católica Apostólica Romana, da Igreja Sirian Ortodoxa da Antioquia, da igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, da Igreja Metodista do Brasil e  da Igreja Presbiteriana Independente.

O segundo dia começou com a celebração da Santa Missa presidida por Dom Zanoni Demettino Castro, Arcebispo de Feira de Santana, seguido de apresentação de Frei Volnei que apresentou a temática do fenômeno do pentecostalismo e também  deu dicas práticas para o ecumenismo nas bases. No primeiro momento da tarde, Dom Teodoro fez uma apresentação sobre o ‘Concílio de Nicéia e o Concílio Vaticano II’ como fontes de inspiração para unidade de todos os cristãos. Ainda de tarde houve uma mesa redonda com a temática dos ‘1700 anos do Concílio de Nicéia’, onde cada confissão religiosa pode falar sobre a importância deste concílio para a consolidação da fé de sua confissão, estiveram presentes Dom Damaskinos Arcebispo da Igreja Bizantina Ortodoxa do Patriarcado de Antioquia, Dom Teodoro Mendes referente na CNBB pelo Diálogo Ecumênico e Interreligioso, padre Fanuil da Igreja Sirian Ortodoxa, Reverendo Júlio da Igreja Presbiteriana Independente e Rosane Philippsen da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Durante a noite ocorreu o ágape, um jantar festivo de agradecimento a Deus pelo dom da unidade.

Na manhã do último dia do encontro ocorreu a celebração da Santa Missa presidida por Dom Teodoro, onde foi ressaltada à importância de seguir à caminhada ecumênica mesmo diante das dificuldades. Após, os presentes participaram de uma roda de conversa sobre as perspectivas e desafios para o ecumenismo, onde cada fiel de cada confissão partilhou as experiências ecumênicas em sua realidade e também propôs ideias para o futuro. Em seguida ocorreu a apresentação do ’24°Plano Pastoral do Secretariado Geral da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Inter Religioso dos anos de 2024-2027′.

Para Dom Teodoro o encontro foi abençoado “foi um encontro abençoado, me senti muito feliz com a presença das diferentes igrejas, dos bispos da comissão episcopal, padres, diáconos, seminaristas, jovens e organismos ecumênicos. Temas pertinentes foram trabalhados e  sobretudo a temática dos 1700 anos do Concílio de Nicéia com a presença dos orientais muito enriqueceram o encontro, momentos muito bons de celebração e partilha. Ocorreu também a apresentação do plano quadrienal renovando o crescimento e a esperança do movimento ecumênico”, disse o referente.

RosanePhilippsen da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil também falou sobre o encontro: “Sempre é bom e agradável estarmos reunidos como irmãos e irmãs. Como evangélica de confissão luterana no Brasil, este encontro nos renova e reanima para a caminhada ecumênica. Louvamos a Deus a oportunidade de reafirmar e estabelecer mais laços de amizade”

Reverenda Nilce  Pereira Callisaya da Igreja Metodista do Brasil falou sobre o encontro “Uma sublime oportunidade de aprendizado e comunhão fraterna entre irmãos e irmãs de diferentes confissões”

O ecumenismo exige conversão de coração de cada batizado para caminharmos no rumo ao desejo de Jesus que todos sejam um.