Com informações e fotos da Pascom Diocesana de Macapá

A Diocese de Macapá realizou de 15 a 17 de novembro a XXIII Assembleia Diocesana, reunindo no auditório do Centro de Cultura e Pastoral Dom José Maritano, cerca de 300 fiéis para momentos de oração, escuta, fraternidade, estudo e reflexão, com o objetivo de traçar as prioridades da ação evangelizadora da Igreja local.

A Assembleia Diocesana foi presidida pelo bispo, dom Pedro José Conti, e contou com a participação de delegados representando as paróquias, pastorais, movimentos eclesiais, novas comunidades e organismos, além do clero local, congregações e casas religiosas, destacando a diversidade de serviços e carismas presentes na diocese.

Na abertura, dom Pedro ressaltou a importância e a dimensão do encontro para se decidir os rumos da Igreja. “Somos a Igreja de Macapá, está aqui a Igreja”, disse o bispo. Segundo ele, as assembleias sempre foram um instrumento de construção coletiva na história da Igreja local e suas diretrizes terão consequências nas paróquias e diversas atividades pastorais.

Ainda em sua fala de abertura, dom Pedro explicou que as assembleias têm se orientado, nos últimos anos, a partir das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja, propostas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e, para isso, XXII Assembleia contou com a presença do padre Manoel de Oliveira Filho, da arquidiocese de Salvador (BA), na orientação dos estudos das diretrizes.

O ensino ministrado, em dois momentos, por padre Manoel favoreceu esclarecimentos do documento dos bispos e o compartilhamento das mais diversas realidades e os desafios para a evangelização dentro da cultura urbana, cada vez mais, crescente em todos os lugares.

Sinodalidade diocesana – A realização da Assembleia Diocesana permitiu, também, a experiência da sinodalidade, disse o bispo dom Pedro, explicando o termo que, segundo ele, significa “caminhar juntos”. “A proposta é fazer nascer e crescer o desejo para um estilo, jeito, de viver o nosso jeito de ser Igreja”, explicou.

“Não é novidade estarmos juntos ou praticar a comunhão”, afirmou, “a novidade é propor e superar os desafios de caminhar juntos” em vista de uma comunhão mais efetiva.

Fotos: Oscar Filho / Pascom Macapá

Como exemplo, dom Pedro Conti destacou a dinâmica sinodal do Papa Francisco, a realização do Sínodo para a Pan-Amazônia e o processo de estudo nas mais diversas realidades pastorais locais e que prepararam os participantes para a assembleia. “A sinodalidade é algo fora do costume de nossas comunidades, buscando a entender que todos estamos a serviço do povo de Deus. Ela começa na escuta das bases”, ressaltou.

Discussões – Na tarde do sábado, 16, os participantes reuniram-se em grupos de trabalho para discussão e apresentação de propostas concretas para a Igreja de Macapá. Divididos em 20 grupos e favorecendo a maior integração possível, entre os diversos delegados, foram debatidos temas como a realidade urbana, juventude, meios de comunicação, caridade, Palavra de Deus, missão, dentre outros.

Deste momento, várias propostas foram apresentadas em plenária e, em seguida, sugeridas à coordenação da assembleia para síntese final.

Propostas – A coordenação da assembleia e o assessor padre Manoel apresentaram as principais propostas na manhã de domingo, 17, para apreciação dos participantes, com oportunidade de outras intervenções e colaborações para a identificação de prioridades e orientações para a caminhada eclesial.

Dentro dos temas das Diretrizes Gerais e outros temas específicos, foram aprovadas 41 propostas para nortear as prioridades da ação evangelizadora da Igreja de Macapá. Desde aspectos ligados à liturgia, catequese e a missão até o compromisso e encorajamento para a promoção do bem social e da casa comum foram definidos para os próximos anos.

Visita Pastoral


Ao final da XXIII Assembleia Diocesana, o bispo de Macapá dom Pedro Conti, comunicou a intenção de realizar nos próximos anos uma visita pastoral, percorrendo todas as paróquias das cidades e interior para compartilhar da atuação missionária por elas desenvolvidas.

Dom Pedro destacou, ainda, que o bispo pode dar o testemunho de ser missionário, pois “o primeiro missionário da diocese é o bispo, por isso, a visita [pastoral] é importante”. Disse, também, que será uma oportunidade de retomar e conhecer junto as realidades das paróquias, as iniciativas que diretamente respondem às propostas das diretrizes. “Esta visita pastoral vai ser a ação missionária do pastor que vai e, ao menos, quer colaborar”.