por CNBB

Os 72 anos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, celebrados neste dia 14 de outubro, foram marcados por uma missa, presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquatro, e concelebrada pelos bispos auxiliares de Brasília, dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB, dom Antônio Aparecido de Marcos Filho e dom Denilson Geraldo. Também concelebraram os padres assessores das Comissões da Conferência, do ordinariado militar e da nunciatura. Os frades do Santuário São Francisco de Assis animaram o canto da celebração.

Dom João Justino, em razão de saúde, não pode celebrar, mas trechos de sua homilia, escrita especialmente para a celebração, foi lida pelo secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoespers. A homilia destacou inicialmente a alegria de ter o que agradecer – os 72 anos da CNBB – em torno da mesa da Eucaristia. “Tudo aqui tem a ver com a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”, refletiu.

Apóstolos Suos

Dom Dirceu foi membro da Equipe de Animação do processo Sínodo no país e esteve à frente da organização da escuta à Igreja no Brasil. Participando da segunda sessão que acontece no Vaticano até o próximo 27 de outubro, ele enviou-nos um relato no qual comenta a sua percepção sobre a escuta à Igreja no Brasil e como as questões do país estão ecoando no diálogo sinodal.

om Dirceu contou que em um dos grupos falaram dos projetos Igrejas Irmãs e Comunhão e Partilha, duas boas práticas que marcam a trajetória da Igreja no Brasil. “Estas práticas foram apresentadas aqui e causaram admiração e bom acolhimento naqueles que dialogam conosco. Louvado seja Deus belas belezas, boas práticas e aquilo que já vivenciamos na Igreja no Brasil e que tem um sabor sinodal”, destacou.

Caminhada da Igreja na América Latina

Desde a primeira sessão mundial do Sínodo, em outubro do ano passado, segundo o bispo (no meio na foto),  é perceptível que muitos temas abordados na América Latina, e no Brasil em particular, já são  familiares à caminhada da Igreja no continente.

“Embora ainda devamos crescer muito, algumas experiências vividas no Brasil e América Latina são sinais de sinodalidade: o fortalecimento dos conselhos, o trabalho em colegialidade, as assembleias de pastoral nas dioceses, a preocupação de criar espaços para atuação dos leigos na missão e também nos ambientes de decisão”, apontou.

De acordo com dom Dirceu essas experiências fazem parte de uma tradição na caminhada da Igreja na América Latina e do Brasil e precisam ser fortalecidas. Por outro lado, o bispo de Camaçari aponta ser necessário fortalecer as linhas mestras e grandes intuições que o Sínodo está levantando e fazendo refletir.

O presidente do regional Sul 3 da CNBB disse que ressoa muito fortemente no Sínodo a necessidade do ministério da escuta. “É claro que é compromisso de cada batizada ser uma presença de escuta qualificada junto ao nosso povo. É preciso se pensar seriamente na escuta para que possamos curar feridas abertas no tecido eclesial”, defendeu.