O bispo prelado de Itaituba, dom frei Wilmar Santin, realizou entre os dias 12 e 22 de março a sua oitava visita aos índios Munduruku assistidos pela Missão São Francisco no Rio Cururu. Nesta visita, só não foram contempladas as aldeias dos rios Teles Pires e Tapajós também assistidas pela Missão.
A Missão São Francisco foi fundada em 1911 pelos padres franciscanos e irmãs da Imaculada Conceição (SMIC). No momento trabalham nesta Missão dois padres franciscanos, quatro irmãs e dois estudantes franciscanos. 

De difícil acesso, o bispo chegou à missão acompanhado do Frei Filomeno dos Santos, frade carmelita. Frei Messias, superior da missão franciscana do Cururu, organizou o roteiro das atividades e visitas.
No dia 13, pela manhã, dom Wilmar deu a última parte de formação para os novos Ministros da Palavra, que seriam instituídos à noite.
À tarde, Frei Filomeno fez uma tarde de espiritualidade como preparação para os ministros. 
À noite houve missa e instituição de 24 Ministros do Culto e da Palavra, sendo 19 homens e 5 mulheres – todos índios Munduruku. Estes se juntam aos outros 24 que foram instituídos em novembro de 2017. Portanto, agora são 48 Ministros da Palavra pregando o evangelho na própria língua Munduruku. 
No dia 14, a visita ocorreu na aldeia Santa Maria, a última neste rio. Às 19h houve a Santa Missa e crisma de 15 jovens Munduruku. Antes da missa, Frei Messias e Dom Wilmar atenderam confissões, enquanto Frei Filomeno realizou 3 batizados e assistiu 1 casamento. Todos os crismandos estavam vestidos com os trajes típicos de festa dos Munduruku.


No dia 15, foi a vez da aldeia Muiuçu. A viagem durou quase uma hora. Ali houve missa e dom Wilmar crismou novamente 15 Munduruku, sendo 13 da aldeia Muiuçu e 2 da vizinha aldeia Terra Santa. Antes da missa, Frei Messias e dom Wilmar atenderam confissões, enquanto que frei Filomeno batizou 2 crianças e assistiu 1 casamento.
À noite, houve missa e 4 crismas na Aldeia Wariri. Antes da missa houve confissões e batizados.
No sábado, 16, houve apenas a visita a uma aldeia e a tarde foi de descanso. No domingo, 17, a jornada iniciou na aldeia Morro do Kurap. Ali foi rezada missa e foram feitos 3 batizados e 17 crismas, sendo 7 da aldeia Morro do Kurap e 10 da aldeia Caroçal. Antes da missa houve confissões.
À tarde, os missionários se dirigiram até o Posto Munduruku. A noite houve confissões e missa.

No dia 18, o bispo e os frades foram até aldeia Saw Muybu (antiga Flexal), onde almoçaram e visitaram a aldeia Morro do Careca. Depois foram até a aldeia Boca da Estrada. É a única aldeia situada na margem direita do rio Cururu abaixo da Missão São Francisco. Foi a primeira visita que dom Wilmar fez a esta aldeia. À noite houve missa com 16 crismas.


No dia que a Igreja celebrou o esposo de Maria, São José, houve Missa Solene na aldeia Boca da Estrada às 7h da manhã. São José é padroeiro da aldeia. Por isso vieram índios de todas as aldeias vizinhas para participarem da festa. Após a missa houve café comunitário e depois Frei Filomeno batizou três crianças.
Os missionários passaram o dia 20 com os índios da aldeias Pontal e Canindé. À noite houve Missa.
O dia 21 foi de viagem em direção à Missão São Francisco. No dia seguinte, último da missão, foram realizadas 16 crismas e, em seguida, os três sacerdotes retornaram para a sede da Prelazia.
Em números, foram 13 aldeias visitadas, 83 crismas, 12 batizados e 2 casamentos, além da instituição de 24 Ministros da Palavra.