Estamos assim chocados com uma situação que nesses dias foi divulgada pelos Meios de Comunicação Social, o Jornal: O Correio de Carajás, na qual a mineração de manganês Buritirama, que leva embora mais de um bilhão de reais de Marabá, mas tem como consequência a exploração sexual, sobretudo aquela infantil. Esta rota do manganês na Vila União não pode servir para a exploração sexual, sobretudo, de mulheres e de menores.

Os órgãos municipais e autoridades devem levantar a voz e agir contra a exploração infantil. Nós não podemos ficar de braços cruzados, devemos denunciar para que haja vida sobre a morte, e que a vida não se torne objeto de uso e abuso de pessoas adultas motoristas contra pessoas adolescentes, mulheres e inocentes.

As coisas ocorrem, sobretudo, na Vila União, a 140 quilômetros de Marabá, quase tudo estrada de chão, perigosa devido a quantidade de caminhões que nela circulam. Os motoristas acabam dormindo nos caminhões, as mulheres, em vezes adolescentes, entram e saem em meio a noite, nestes caminhões, como nos foi relatado pelo Jornal: O Correio. Fala-se também conforme a reportagem que nas Vilas anteriores, como Santa Fé e Três Poderes, que existe a prostituição infantil. Também a existência de bordeis construídos para atrair a exploração sexual infantil por diversos motoristas. Infelizmente a prostituição traz também a questão das drogas para os que já são explorados.

Como igreja e pessoas que acreditam em Jesus Cristo, lutemos contra a prostituição porque está atingindo muitas pessoas, mulheres, adolescentes de nossas vilas e comunidades. A Igreja procura estar ao lado de pessoas atingidas pela prostituição infantil. Não é possível permanecer acomodado quando há prostituição, o ganho fácil para a sexualidade anda a solto.

É preciso que a empresa invista em favor da vida com projetos que correspondam à civilização do amor, também precisamos de políticas públicas para que haja educação, trabalho digno para todas as pessoas.

As autoridades políticas tomem providências contra a exploração infantil. A rota do manganês de Marabá não pode servir para à exploração infantil, mas sim para a vida. Assim o Reino de Deus cresce com a nossa participação.

POR Dom VITAL CORBELLINI

Bispo de Marabá - PA