por Vívian Marler / Assessora de Comunicação do Regional Norte 2 da CNBB
O ‘IV Encontro Regional da Pastoral da Educação e Jubileu da Educação da CNBB Norte 2’, foi realizado no último final de semana (de 18 a 20/7), em Marabá (PA). Realizado pela Pastoral da Educação do Regional Norte 2, o encontro refletiu sobre o tema “Educadores: Peregrinos de Esperança” que propõe a incentivar os educadores a renovarem seu compromisso de educar com a fé e coragem, promovendo esperança no ambiente educativo.
Com setenta representantes das pastorais da educação do Pará e Amapá, os educadores refletiram sobre a missão educativa como peregrinos e testemunhas de esperança, assim como compartilharam suas experiências e desafios enfrentados no trabalho pastoral, fortalecendo a missão da Pastoral da Educação e a renovação do compromisso com a educação integral e humanista.
Dom Vital Corbellini, bispo da Diocese de Marabá e referencial para Educação proferiu a primeira palestra do encontro, com o tema ‘Peregrinar no mundo educativo, como testemunhas da esperança”.
Seguido do padre Angelo Gaio que apresentou a “Missão do Assessor Diocesano da Pastoral da Educação”, destacou a importância do assessor Diocesano da Pastoral da Educação nas Dioceses e refletiu sobre o Pacto Educativo Global. Disse ainda que é dever saber articular, promover e animar a ação evangelizadora no âmbito da educação, visando a formação integral do ser humano, com base nos valores do Evangelho e em diálogo com a sociedade.
“Ação Pastoral e o Cuidado da Saúde do Educador” ficou a cargo da professora Lady Anne Souza, coordenadora da Pastoral da Educação no Regional Norte 2, que disse “a importância da Pastoral da Educação nas Dioceses e Paróquias é promover ação pastoral sobre o cuidado com a saúde do Educador e estudantes. Destacando também a importância de todos cuidarem de si para também cuidar do outro. O painel foi construído com Grupos de trabalho tecendo ações para desenvolver em suas realidades”
As professoras Thais Lins e Mara Diane, assessoras da oficina do ‘Ensino Religioso’, abordaram a importância do Ensino Religioso como componente curricular relevante para a formação integral dos estudantes. Destacaram o papel do Ensino Religioso na construção de sentido, no desenvolvimento de valores e no diálogo entre culturas e tradições religiosas, conforme previsto na BNCC [Base Nacional Comum Curricular] a relação entre o Ensino Religioso e a Pastoral da Educação, ambas alinhadas à missão de promover uma educação humanizadora, ética e comprometida com o bem comum. A base da apresentação foi apoiada no Documento 116 da CNBB ‘Diretrizes para a Evangelização da Educação no Brasil
O Professor Dario Benedito Rodrigues e padre Cícero Edvan assessores da oficina ‘Itinerários Formativos para Educadores, uma proposta do setor educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil’ apresentaram as propostas que visam formar educadores e agentes da pastoral para atuarem com mais consciência, fé e compromisso cristão no campo da educação. O grupo participou das discussões sobre os esforços da Igreja no Brasil para fortalecer a presença evangelizadora na educação, a partir dos documentos da Igreja e no diálogo com os desafios contemporâneos da escola, da universidade e das comunidades educativas.
A professora Marcilene Parente socializou o e-book ‘COP 30 nas escolas: Amigos da Casa Comum’, idealizado pela coordenação da Pastoral da Educação Norte 2 com a participação de agentes da Pastoral da Educação de diversas dioceses, destacando a importância da obra para as escolas e comunidades, como instrumento colaborativo em preparação a COP 30 em Belém. Além disso, os temas por segmentos foram apresentados aos participantes do encontro e Dom Vital fez um grande convite para todos apresentarem nas escolas no segundo semestre.
Seminarista Rafael Pereira da Silva, coordenador da Pastoral Universitária do Regional Norte 2, explanou sobre o estudo que apresenta a Pastoral Universitária sustentada por três eixos de atuação pastoral, que são a espiritualidade, reflexão e ação social solidária ou socioeducacional. “A Universidade pretende ser lugar privilegiado, mas não exclusivo, para criar e divulgar o saber sistematizado em escala universal, no qual as várias ciências e artes [técnicas] se integram harmoniosamente, por meio da interdisciplinaridade. A visão da cultura, do mundo, da história e da vida que nasce e é difundida na Universidade deve ser, por definição, ampla, universal, mas deve também encarnar-se na situação própria de cada lugar e país. Suas tarefas fundamentais são a pesquisa, o ensino e a extensão, como é apresentado nos estudos da CNBB 56”, disse Rafael.
E continuou dizendo que devido ao fato que o Ensino Superior ocupar um papel de suma importância na sociedade moderna é fundamental que a Igreja esteja presente, em diálogo, quando está sendo confeccionado novos conhecimentos e novas técnicas destinados a beneficiar, ou não, a sociedade. “Com uma postura crítica e ética a Igreja deve procurar junto com este mundo de saber as respostas aos grandes desafios do nosso tempo, com uma atenção especial nas áreas da dignidade do ser humano, a renovação da vida comunitária e a construção de uma sociedade verdadeiramente solidária.
O mundo universitário forma os líderes de hoje e amanhã, então, a Igreja precisa acompanhar jovens cristãos e seus educadores nesta fase de vida para que no espírito de serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão, eles possam se preparar bem para exercer liderança no futuro como membros plenos da comunidade, evangelizadores da Boa Nova de Jesus Cristo, e construtores de uma sociedade justa e solidária” falou o coordenador.
O final do segundo dia do encontro foi finalizado com a peregrinação dos ‘Educadores Peregrinos da Esperança’ onde os presentes caminharam até a Catedral Nossa Senhora do Perpetuo Socorro para a Celebração Eucarística, presidida por Dom Vital Corbellini, bispo da Diocese de Marabá, que em sua homilia deixou uma mensagem aos educadores. “Celebrar o Jubileu dos Educadores nesta Catedral, meditando sobre a Eucaristia, é um presente divino. Assim como Abraão acolheu a Santíssima Trindade, vocês, educadores, são peregrinos da esperança, acolhendo e guiando os jovens. Inspirados por Marta e Maria, busquem o equilíbrio entre a ação e a contemplação. Sejam como Marta, dedicados ao trabalho e ao serviço, mas também como Maria, que soube ouvir a voz de Jesus. Que este ano jubilar seja um tempo de perdão e renovação, fortalecendo a fé e a missão de cada educador como um farol de esperança em nossa sociedade”, disse o referencial para a Educação no Pará e Amapá.
Para Marlon de Ubaiára Rocha, vice-coordenador da Pastoral da Educação no Amapá (AP), a educação religiosa é muito importante nas escolas. “Foi muito importante [o encontro regional] para a Pastoral da Educação do Amapá, pois ampliou nossos conhecimentos para implantarmos a Pastoral em cada escola e paróquia. Já estamos debatendo o livro do nosso bispo [Dom Antonio de Assis Ribeiro, bispo de Macapá], Educação Católica. Agora, iremos debater o documento, o ensino religioso, com a única intenção de implantar as pastorais da Educação em cada escola e paróquia. Com o E-book Cop-30 será mais fácil às implantações nas escolas. Dom Vital esclareceu muito bem o sentido da pastoral e isso facilita nossa compreensão da pastoral. E, com o esclarecimento de Lady Anne iremos longe. Portanto, foi maravilhoso esse encontro”, disse Marlon.
No domingo finalizando o encontro, a Professora Lady Anne Souza, apresentou os caminhos e horizontes da Pastoral da Educação à Luz do Estudo 110 da CNBB e Dom Vital apresentou inspirações para os educadores e estudantes e reforçou a importância da Pastoral nas escolas e universidades.
Para a coordenadora da pastoral da educação no regional norte 2, a presença das pastorais das dioceses no encontro foi muito importante “a presença dos representantes das pastorais da educação das dioceses foi fundamental para o sucesso do encontro e para o crescimento da Pastoral da Educação no Pará e Amapá, para que juntos celebremos o Jubileu da Educação e fortaleçamos a nossa missão educativa no chão amazônico”, disse Lady Anne.
