As perseguições em relação à Igreja
Por Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA. Ultimamente percebemos perseguições, ataques contra ao Papa Francisco, à CNBB, à vida eclesial. Diversas foram às manifestações de solidariedade, de apoio à missão da Igreja de Cristo, na qual nos unimos...
CONVERSA COM A VIRGEM DE NAZARÉ, MARIA DE MUITOS NOMES
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará Mais uma vez batemos à porta da Casa de Nazaré, para visitar a Sagrada Família. Pedimos licença a Jesus, Verbo de Deus feito Carne, que é para nós um Caminho percorrido pela sua própria mãe; Jesus,...
O Círio e a Família
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará Evangelho que dizer boa notícia, boa nova! E a boa notícia há de chegar aos confins da terra, que vão de nossos corações até a pessoa que estiver mais distante. Até chegar lá, todos devem ser...
Os Cincos Sentidos
As celebrações litúrgicas da Igreja trazem para dentro dela e envolvem os corações dos fiéis, como memorial que torna presentes os mistérios de nossa salvação. Ao mesmo tempo, fazem acontecer, aqui e agora, aquilo que significam. Além disso, antecipam a plenitude da vida em Deus que todos buscamos. É por isso que muitas vezes experimentamos verdadeiro paraíso numa liturgia bem celebrada. Mas sabemos que, de fato, “o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu” (1 Cor 2,9). A experiência do amor de Deus nos remete sempre ao infinito, onde tudo será dom gratuito, na liberdade para a qual fomos por ele criados, para sermos santos como ele é santo. Também os outros atos da vida da Igreja, que desembocam na liturgia ou dela nascem, podem e devem levar as pessoas e as comunidades à experiência da gratuidade, da alegria plena, do infinito. Eis porque o Círio de Nazaré nos conduz a grandes e frutuosos arroubos de sincera e autêntica liberdade.
Entretanto, sabemos que a liturgia e a devoção popular, como o Círio de Nazaré, se realizam através de gestos e atos bem humanos, passando pelos sentidos: audição, visão, olfato, paladar e tato. Durante os dias do Círio, estes sentidos, com os quais nos comunicamos uns com os outros e com o mundo, suscitaram em mim reflexões sobre a profundidade do amor de Deus, que vem ao nosso encontro, na beleza do mistério da Encarnação do Verbo, cujos desdobramentos nos alcançam através de elementos da natureza e, ao mesmo tempo, nos superam infinitamente.
Sabemos que a fé vem pelo ouvido. “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Ora, como invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele que não ouviram? E como o ouvirão, se ninguém o proclamar? E como o proclamarão, se não houver enviados? Assim é que está escrito: ‘Felizes os pés dos que anunciam boas novas!’ Mas nem todos obedeceram à Boa Nova, pois Isaías diz: ‘Senhor, quem acreditou em nossa pregação?’ Logo, a fé vem pela pregação e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10,13-17). A pregação da Palavra de Deus é abundante na preparação e realização do Círio, desde os livros de peregrinação, passando pelos retiros da Diretoria, refletindo na escolha do tema de cada ano. E durante a quadra nazarena, duas semanas de intensa pregação da Palavra, quando a Arquidiocese convida Bispos de nossa região e de outras partes do Brasil. Por sua vez, a pregação da Palavra suscita a resposta da fé, o louvor, a ação de graças, o pedido de perdão e a súplica. Na única das grandes procissões que pudemos fazer neste ano, por causa dos limites estabelecidos pelas autoridades, pude arriscar-me a perguntar a quem estava comigo no veículo que levava a berlinda, quantas vezes daquele dia as pessoas fizeram o sinal da Cruz, rezaram o Pai Nosso e a Ave Maria. Foram milhões de vezes e milhões de vozes que subiam ao Céu!
Tivemos a graça de ver as multidões, contemplar a beleza da Berlinda principal, a criatividade nas muitas berlindas, oratórios e enfeites das residências e casas de comércio. Passamos por lugares diferentes daqueles usuais do translado para Ananindeua e Marituba, casas novas ou velhas, ruas bem cuidadas ou não, mas todas as vias engalanadas pela visita da Imagem Peregrina. Mais ainda na beleza inigualável estavam as pessoas. Belas eram as mãos postas, formosos os pés e joelhos que anunciavam a paz ao prestar sua devoção a Maria. Brilhos maravilhosos de suor enfeitavam as faces de homens e mulheres. A criançada era semelhante a uma revoada de pássaros, tamanha a alegria retratada. Ao contemplar a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, vendo-a passar perto, acontecia um misto de sorrisos, lágrimas e aclamações, como um eco que parecia infinito: Viva Nossa Senhora de Nazaré!
O olfato não nos conduziu, desta vez, ao cheiro de suor e cansaço de um Círio tradicional. Entretanto, faz parte do Círio o paladar paraense, a grande força da família que se reúne para o almoço do domingo, e este chama também pessoas de outras profissões religiosas. E pela também mesa e pelos temperos o Círio gera fraternidade. E os restaurantes e lanchonetes fizeram a festa, especialmente na acolhida de turistas.
Entretanto, pensei em referir-me mais a outro paladar.
A Igreja reza e canta assim: “Do Céu lhes destes o Pão, que contém todo sabor! Senhor Jesus Cristo, que neste admirável Sacramento nos deixastes o memorial de vossa Paixão, concedei-nos tal veneração pelos Sagrados Mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, que experimentemos sempre em nós a sua eficácia redentora”. Jesus é quem nos dá de verdade o Pão do Céu, e ele contém todo sabor. Todos os frutos na vida cristã podem florescer a partir de nossa participação e comunhão do Pão da Vida. Receber o Corpo e Sangue de Cristo é transformar-nos naquele que recebemos, para que sejamos comunhão de vida e amor para os irmãos. Quem comunga na mesa sagrada há de tornar-se comunhão, no serviço e na caridade com o próximo fazendo de sua vida um contínuo e criativo lava-pés. Aliás o Círio de Nazaré, não só no lava-pés da Casa de Plácido, para o qual tantas pessoas se candidatam e experimentam de verdade os apelos do serviço humilde e silencioso, mas em tantos outros gestos e serviços, como as Paróquias outras instituições que se organizam para atender os peregrinos que chegam a Belém.
Que dizer da alegria no rosto dos membros da Diretoria da Festa, ou os Guardas de Nazaré e outras guardas que ajudam? E como calcular milhares de voluntários, homens e mulheres, militares, funcionários públicos, autoridades? E o Círio acontece na desembocadura de um verdadeiro rio de iniciativas, visitas da Imagem Peregrina e outros acontecimentos suscitados pelo Espírito Santo nas pessoas e instituições!
Podemos concluir nossa percepção do conjunto retomando o tema escolhido para o Círio de 2021, antes mesmo de saber que o Papa proclamaria o ano de São José e um ano para valorizar e aprofundar a “Amoris Laetitia”, Deus nos deu a graça de estar em sintonia com a Igreja: “O Evangelho da Família na Casa de Maria”.
O CÍRIO COMO EXPERIÊNCIA DE EVANGELIZAÇÃO
Introdução Aproveitando o calor do Círio 2021, que pela segunda vez não aconteceu com todo o seu dinamismo e atividades como de tradição, gostaria de compartilhar com você, caro leitor católico e devoto de Nossa Senhora, algumas questões relativas à maior festa...
CNBB SAI EM DEFESA DO PAPA FRANCISCO, DO ARCEBISPO DE APARECIDA (SP) DOM ORLANDO BRANDES E DO EPISCOPADO BRASILEIRO
Por CNBB Nacional A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na manhã deste domingo, 17 de outubro, uma Carta Aberta dirigida ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), o deputado estadual, Carlão...
Diocese de Marabá celebrará o 41º Círio de Nossa Senhora de Nazaré.
Por Dom Vital Corbellini Bispo de Marabá – PA. Marabá estará completando a quadragésima primeira edição do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Esse ano faremos no formato como no ano passado, em família, sem o Círio presencial. Mas o povo de Deus poderá...
Santo Irineu de Lyon, o novo doutor da Igreja
Por Dom Vital Corbellini Bispo de Marabá – PA. Santo Ireneu de Lyon será o novo doutor da Igreja, pelo Papa Francisco. Ele é percebido como doutor da unidade, na qual ele promoveu a paz entre as Igrejas e com o bispo de Roma, o sucessor de Pedro....
O SIGNIFICADO DO MANTO DE NOSSA SENHORA
(Dom Antônio de Assis Ribeiro, SDB) Introdução A imagem de Nossa Senhora de Nazaré é revestida com um manto! A imagem demanda o manto e, o manto por sua vez, perderia o sentido sem a imagem. Mas a imagem não existiria por si mesma se não representasse a...
PJ do Regional Norte 2 promove formação para jovens lideranças e assessoria
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A PEDAGOGIA DE DEUS E OS DESTINATÁRIOS DA CATEQUESE NO DIRETÓRIO CATEQUÉTICO (VII Parte)
Introdução Continuemos a nossa sintética apresentação do Diretório Geral da Catequese, desta vez levando em consideração a terceira (a pedagogia da fé), a quarta (os destinatários da catequese) e a quinta parte (a Catequese na Igreja Particular) desse documento. O...