por Vívian Marler / Assessora de Comunicação do Regional Norte 2
com Informações de Larissa Carvalho / Comunicação CNBB

De 11 a 14 os bispos secretários e secretários-executivos dos 19 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram reunidos, em sua sede, no Auditório Dom Helder Câmara, em Brasília para o seu encontro anual, para que pudessem partilhar as atividades dos regionais e pensar nas atividades evangelizadoras para 2025. Representando o Regional Norte 2 estiveram presentes Dom Antonio de Assis Ribeiro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém e Secretário do regional, e Cristiane Araujo, secretaria executiva.

De modo remoto, Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB participou da abertura do encontro quando o processo do Sínodo sobre a Sinodalidade “o Sínodo está sendo um verdadeiro Pentecostes para a Igreja”, disse.

Para o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, os encontros realizados pela CNBB são como sinal da unidade que procura fortalecer, e destacou que encontros regionais são importantes para aproximar a Igreja local às diretrizes nacionais.

Dentre os temas trabalhados no encontro estão ‘Os desafios atuais para a Evangelização na Igreja do Brasil’, ‘Partilha dos regionais’, ‘Jubileu da Esperança – aspectos bíblicos, teológicos e pastorais’, Projetos Missionários’, ‘Campanha para Evangelização 2024’ e da ‘Fraternidade em 2025’, ‘Gestão de Pessoas e Compliance’, entre outros.

O bispo auxiliar de Vitória (ES), Dom Andherson Franklin Lustoza de Souza, e o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Antônio Luiz Catelan, abordaram os aspectos bíblicos, teológicos e pastorais do Jubileu 2025 “Peregrinos da Esperança’

Um dos temas muito esperado foi o do Jubileu 2025, como destacou a comunicação da CNBB em sua divulgação. Dom Andherson expôs em sua palestra como o conceito do Jubileu está presente no Primeiro e Segundo Testamentos, uma vez que ele é abordado de maneira diferente em cada uma desses livros bíblicos.

Segundo o bispo, no Primeiro Testamento, o Jubileu é uma prática instituída por Deus no Pentateuco, especialmente no Livro de Levítico, e tem um significado profundo relacionado à libertação, ao perdão de dívidas e ao restabelecimento da ordem social e econômica.

“Por isso, o Jubileu nos convoca, discípulos missionários, a revermos nossa postura a partir de um encontro pessoal com Cristo, acolhendo os valores do Evangelho e deixando que os mesmos nos impulsionem, a fim de que todos possam ter terra, teto, e trabalho, como nos pede o Papa Francisco”.

Já com relação ao Segundo Testamento, dom Andherson procurou contextualizar o conceito de Jubileu apontando-o para os ideais de libertação, perdão e restauração, centrais no ministério de Jesus Cristo. “O Ano Jubilar pode e deve ser uma ocasião propícia para que possamos estreitar laços de fraternidade e perdão, condições sem as quais não vamos avançar”, concluiu o bispo.

Dom Antônio Luiz Catelan Ferreira, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, se ateve ao texto da Bula do Jubileu da Esperança, intitulada “Spes Non Confundit”, relacionando-a com outros documentos do Papa Francisco, como a Exortação Apostólica sobre o Anúncio do Evangelho no Mundo Atual, Evangelii Gaudium.

Segundo a tradição, cada Jubileu é proclamado através da publicação de uma Bula Papal (ou Bula Pontifícia) de Proclamação. Ele explicou que a Bula do Jubileu da Esperança contém súplicas, propostas e palavras chaves relacionadas à temática da esperança. Também salientou que o livro bíblico que o Papa Francisco toma como referência ao fazê-la é a Carta aos Romanos, núcleo fundamental da Bula. Recordou que, na Bula, os apelos de Francisco são pelos prisioneiros, migrantes, doentes, idosos e jovens.

“Na Bula o Papa apresenta vários sinais dos tempos, dois como apelos e outros seis como sinais de esperança para o nosso tempo”, disse. Catelan recordou ainda que desde o primeiro Testamento, o Jubileu busca resgatar a experiência do encontro com Deus, o Deus da Aliança, que nos protege.

Irmã Regina da Costa Pedro apresentou os projetos missionários das Pontifícias Obras Missionárias (POM), e em seguida os secretários puderam apresentar as ações realizadas em seus regionais e trocar experiências.

Durante sua partilha, Dom José Luiz Salles bispo de Pesqueira (PE) e secretário do regional Nordeste 2, destacou que o momento é importante “A gente traz a realidade de cada região, da nossa região, no caso o Nordeste, mas também a gente escuta as experiências que outros regionais estão fazendo na missão evangelizadora, na ação missionária, então isso é muito rico, e gera comunhão entre nós, afinal de contas o trabalho da CNBB é feito em comunhão, pela partilha de todos os regionais”.

Durante a apresentação da secretária executiva do Regional Norte 2, Cristiane Araujo, apresentou os eventos realizados pelo regional, tanto nas atividades na sede quanto nas arquidioceses, dioceses e prelazias ao longo deste ano.

Maria Inês Sousa, secretária executiva do regional Nordeste 3, destacou que a importância do encontro está na colegialidade, além da integração dos regionais com a sede “os temas tratados aqui são super importantes, porque isso também nos ajuda a melhorar o nosso aprofundamento nas dioceses, os repasses que a gente tem que fazer para as pastorais, movimentos e eu acho também que é uma forma de a gente estar em sintonia com a Matriz. E a convivência entre os colegas que têm a mesma função nos regionais, embora cada um diferente, mas a função é a mesma, isso também é um ponto muito importante”, destacou.