por Aritana Aguiar / Comunicação Arquidiocese de Santarém

A Escola Diaconal São Lourenço realizou de 13 a 15 de dezembro, no Centro Formação Emaús, ao retiro espiritual dos 35 eleitos ao diaconado permanente, com as suas esposas. O encontro teve como assessor o bispo emérito da Diocese de Araçuaí (MG), Dom Esmeraldo Barreto de Farias, que já foi bispo da então Diocese de Santarém. O retiro é uma preparação para ordenação diaconal a ser realizada dia 21 de dezembro, às 9h, na Igreja Santíssimo Sacramento. Esta é a primeira turma formada na Arquidiocese de Santarém.

O retiro começou pela tarde da sexta-feira com momento orante, seguido de animação e apresentação dos participantes e um momento de orientação e prática da diaconia na Liturgia conduzido pelo diácono Rafael Sanches. O bispo Dom Esmeraldo presidiu a missa de abertura do retiro que iniciou às 18h.

“O sentido do diácono como servo”, essa é uma das reflexões que serão conduzidas por Dom Esmeraldo. “Esse é o ponto principal. Porque se trata ao seguimento a Jesus Cristo. E seguimento a Jesus como um ministro ordenado”, ressaltou.

O bispo salientou que o diácono é chamado a ser um missionário servo, porque ele é diácono para a Igreja. “Claro que ele está na Arquidiocese a serviço da evangelização, a serviço em especial do arcebispo daqui, mas ele é um diácono para a Igreja. Ele não pode ficar fechado na sua comunidade. Se a diocese precisa de um diácono de uma paróquia para servir em outra, ele precisa estar disponível a isso”, assegurou, ao lembrar que é preciso levar em consideração a vida familiar deste diácono permanente.

Dom Esmeraldo lembra que o diácono é aberto para a Igreja em três pilares fundamentais: a Palavra, a Liturgia e a Caridade. “O diácono não é para assumir sozinho todos os serviços, mas para despertar pessoas, conhecê-las, ajudá-las, prepará-las que integrem e tornem a comunidade ainda mais forte”. O diácono é aquele que escuta e acolhe a Palavra.

O diretor da Escola Diaconal, padre Sidney Canto, ressalta que retiro preparatório para a ordenação possa ser fundamentado principalmente no Evangelho de Cristo, que se fez servidor de todos, “para que nós pudéssemos nos colocar a serviço de todos”. O diaconado é o ministério que visa principalmente o serviço aos pobres, a toda comunidade cristã, o serviço social, o serviço eclesial, “e o serviço, acima de tudo, cristão. Um serviço feito com amor, com caridade fraterna”.

Raimundo Lima da Silva, 66 anos, é um dos eleitos ao diaconado permanente. Ele faz parte da Área Pastoral Santa Clara, município de Monte Alegre, e afirma que está com bastante expectativa para este retiro, pois espera ser um momento de muita reflexão, aprendizado e espiritualidade. “Esperamos que aqui possamos ser santificados no Espírito Santo, para que possamos assim levar a missão, o anúncio da Boa Nova a estes nossos irmãos que estão em outras comunidades bem distantes da Arquidiocese de Santarém”, assegurou. O eleito mora numa localidade onde a distância geográfica entre uma comunidade e outra é longa. Há comunidade em que é preciso percorrer 90 km para se fazer o trabalho pastoral.   Ele afirma ainda que os desafios são tantos, que no período do inverno, há comunidade que não tem como acessar, ficando sem a visita missionária por um certo período: “É um desafio muito grande. Precisamos de muita espiritualidade, muito amor, força de vontade e compromisso com o povo de Deus e com a Arquidiocese de Santarém”.

O eleito João Silva, 81 anos, é ministro da Palavra e da Sagrada Comunhão Eucarística na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Alter do Chão. Ele ressalta que este retiro é diferente, por contar com a presença das esposas dos eleitos ao diaconado permanente: “É algo mais aprofundado. Estamos ao lado delas, pois é como se fossem a nossa diaconisa, que vai nos ajudar, nos acompanhar. Pra toda comunidade aonde vou do Eixo Forte, ela [sua esposa] faz questão de ir junto. E ela participando de todos esses eventos, eu também tenho um crescimento espiritual”.

A importância do Diaconado Permanente

Dom Esmeraldo ressalta que a importância do Diaconado Permanente para a Igreja é mostrar que “a Igreja, com seus ministros ordenados ela tem essa, não possibilidade, mas o dever de ter o bispo, que é o ponto de comunhão na Igreja Particular, trabalhando com os padres, que são os cooperadores mais próximos do bispo, e temos o diácono, como aquele que vai cuidar de uma forma muito especial da caridade, além do serviço da proclamação da Palavra e pela presidência das Celebrações Litúrgicas da Palavra e os sacramentos que são possíveis para o diácono assistir: os casamentos, os batizados”.