No próximo dois de novembro, Dia de Finados, os brasileiros são convidados a plantarem uma árvore em memória dos entes falecidos. De acordo com o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, “esse gesto, além de evitar as tradicionais aglomerações nos cemitérios, liga-se também à triste destruição ecológica decorrente das queimadas em algumas regiões do país”.
Frente à necessidade ainda de manter o distanciamento social, o Secretário-Geral da CNBB motiva os brasileiros à uma nova forma de manifestar a fé e de homenagear as vidas que se foram com o plantio de uma árvore, junto à oração, sem se colocar em risco e colocar outras pessoas em risco, evitando as aglomerações nos cemitérios. Segundo dom Joel, trata-se de uma atitude pequena e simples, que se une à oração, para manifestar o compromisso pela Casa Comum dada à humanidade por Deus.
“Esse é um convite feito a todos nós, num tempo em que a aglomeração e o estar juntos fisicamente compartilhando o abraço e a saudade, ainda não nos são permitidos em função da pandemia. Fica o convite para que, por meio do compromisso com a Casa Comum, os cristãos católicos possam manifestar a fé no Deus da vida”, reiterou.
Conheça a mensagem do Secretário-Geral da CNBB:
Cuidar da saudade e da Casa Comum
A iniciativa tem como slogan “É tempo de cuidar da saudade e da Casa Comum” e faz parte da Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil “É Tempo de Cuidar”. A Ação Solidária, criada pela CNBB e pela Cáritas desde o início da pandemia da Covid-19, tem como objetivo estimular diversas iniciativas de cuidado com o próximo, desde a arrecadação e distribuição de doações até a ajuda nos campos religioso, humano e emocional.
“Nascemos para a vida”
Segundo dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a solidariedade e corresponsabilidade uns com os outros é parte da identidade cristã. “É o que nos pede o Papa Francisco em sua carta encíclica Fratelli Tutti dedicada a um princípio da nossa fé – somos todos irmãos”. O que exige, segundo dom Walmor, que os cristãos cuidem uns dos outros e pratiquem a empatia com gestos concretos num tempo de tantos embates desnecessários.
“Neste dia em que meditamos sobre a morte não percamos o rumo: nascemos para a vida. Estamos a serviço da vida na certeza de que um dia nos encontraremos com aqueles que partiram antes de nós. A partir desta convicção, em homenagem às vítimas da pandemia e sensível às tragédias ambientais que vem ocorrendo neste ano, a nossa Igreja convida você para um gesto concreto: o plantio de uma árvore, na sua casa, ou na sua comunidade, em memória, de quem nos deixou vítima da pandemia”, disse.
Confira a mensagem de dom Walmor:
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