por CNLB
Em entrevista exclusiva ao Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Sônia Gomes, presidente do CNLB, compartilha sua visão sobre o Sínodo sobre a Sinodalidade e o papel do laicato na construção de uma Igreja mais participativa e inclusiva.
Em entrevista exclusiva com Sônia Gomes, presidenta do CNLB, diretamente do Vaticano, compartilha sua visão sobre o Sínodo sobre a Sinodalidade e o papel do laicato na construção de uma Igreja mais participativa e inclusiva.
A presidenta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Sônia Gomes, está no Vaticano para a 2ª sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade, convocado pelo Papa Francisco. Nesta entrevista, ela reflete sobre o processo sinodal, os sinais de esperança para o futuro da Igreja e a responsabilidade do laicato brasileiro.
1. Qual o balanço que faz da primeira sessão do sínodo para esta que está começando?
Sônia Gomes: “Eu creio que todo o processo destes três anos de construção do Sínodo já é um sinal de esperança. Se olharmos para a escuta, os relatórios, as assembleias, vemos que quem quer caminhar com o que o Espírito Santo pede para a Igreja, através do Papa Francisco, está assumindo o modelo de uma Igreja Sinodal. A esperança está no fato de que este não é um evento isolado, mas um processo de discernimento para todos nós. Precisamos sair de nossas comodidades e ir ao encontro dos que estão nas periferias, escutar o que o Espírito Santo pede e assumir a centralidade da missão no nosso batismo.”
2. Que traços de esperança você destaca para as decisões futuras do Sínodo na Igreja no Brasil?
Sônia Gomes: “O CNLB, como organismo representativo do laicato na Igreja no Brasil, precisa assumir profundamente essa responsabilidade. O primeiro desafio é levar a sinodalidade às comunidades, formando o povo e incentivando a criação de conselhos paroquiais. A missão da Igreja é caminhar com os mais pobres, e a sinodalidade nos chama a recuperar a nossa missão batismal. Apesar das dificuldades, nossa esperança está na confiança em Deus, como vimos no retiro: a revelação de Jesus se dá na noite escura, mas o sol sempre nasce. A Igreja deve ser como uma grande tenda aberta para todos.”
3. Qual a responsabilidade do CNLB na atuação do laicato na Igreja no Brasil após o Sínodo?
Sônia Gomes: “A responsabilidade é de todos nós, pois somos Igreja. O Papa Francisco fala para toda a Igreja, e o laicato precisa entender que somos corresponsáveis nessa missão. Devemos assumir nossa parte nesse processo de transformação.”