por Izabel Costa /Catequista da Diocese de Castanhal
De 30 de agosto a 1º de setembro, em Aparecida(SP), a Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB realizou a ‘Romaria Nacional de Catequistas’, com a participação de aproximadamente 3.400 catequistas de todo o Brasil. Dentre estes, estiveram presentes catequistas de diversas Arquidioceses, Dioceses e Prelazias do Regional Norte 2.
Para partilhar suas vivências na Romaria de Catequistas, convidamos três representantes de nosso regional para um bate-papo: Manuelly Caroline dos Reis e Edinelly Araújo da Diocese de Castanhal e Ivone Almeida da Diocese de Ponta de Pedras, no Marajó.
Izabel Costa – Vocês são catequistas a quanto tempo e como é a atuação de cada um na catequese hoje?
Manuelly – Sou catequista há dez anos. Atualmente sou coordenadora paroquial de catequese e acompanho uma turma de iniciação à vida Eucarística.
Edinelly – Sou catequista também há dez anos. Participo da coordenação paroquial de catequese, a catequese com os adolescentes, que aqui na Diocese é o J1, como chamamos o grupo de perseverança.
Ivone – Sou catequista há dez anos. Atualmente acompanho crianças, procurando fazer uma catequese lúdica, de acordo com as orientações da Paróquia e da Diocese, com a orientação das Irmãs Terezitas. Gosto de buscar inovações metodológicas, de acordo com os temas propostos, procurando atrair sempre mais o gosto, o amor dos catequizandos pela Palavra de Deus.
Izabel Costa – Catequese é vocação, é resposta de amor ao chamado que Deus nos faz. Como foi seu despertar para a vocação de catequista?
Manuelly – O despertar para a vocação de catequista aconteceu quando eu estava na turma de Crisma, a partir do testemunho de minhas catequistas Valéria e Almerinda. Eu recebi o sacramento e sentimento que eu devia algo mais pela minha comunidade crescia cada vez mais no meu coração. E um dia um catequista me chamou e perguntou se eu tinha interesse em ser catequista e eu sem hesitar respondi que sim.
Edinelly – O meu despertar para a catequese foi logo após que eu recebi o Sacramento da Confirmação. Eu tinha 17 anos… Foi aí que entrei para a pastoral catequética, onde estou até hoje.
Ivone – O que me fez despertar para a vocação de catequista foi o exemplo de minha mãe. Ela foi minha catequista de Primeira Comunhão… minha mãe é minha inspiração! A partir daí me despertou o gosto de servir a Deus, servir com amor, com responsabilidade e com gratuidade também. Eu me sinto muito feliz! Sou muito grata a Deus e a minha mãe, por ela ter me catequizado e despertado em mim o desejo de ser catequista. Sou catequista por amor!
Izabel Costa – Manuelly, Edinelly e Ivone, vocês já haviam participado de outros momentos regionais ou nacionais da catequese?
Manuelly – Participei do Curso de Pedagogia Catequética promovido pelo Regional.
Edinelly – Eu também fiz a Pedagogia Catequética
Ivone – Eu fiz o primeiro módulo do curso. Vou concluir em julho de 2025. E participei do Congresso Bíblico-Catequético do Regional Norte 2 em 2023, que foi em Cametá.
Izabel Costa – A programação da Romaria foi muito rica. Que momento formativo foi mais relevante para a sua missão lá na sua realidade pastoral?
Manuelly – Os relatos sobre a IVC e principalmente sobre a catequese inclusiva, porque vejo que é um grande desafio para nós catequistas.
Edinelly – Foi o momento formativo com o tema “Transmitir a fé na cultura atual”, que o D. Leomar Brustolin partilhou conosco. Ele falou da grande importância de valorizar a presença do catequista como aquele que possibilita o encontro das pessoas com Cristo… e o quanto isso é importante para cada ser humano.
Ivone – O momento de vivenciarmos a Leitura Orante. Foi lindo! Foi feito pela Mariana, mostrando o passo a passo. Eu ainda tinha um pouco de dúvida, de insegurança… hoje me sinto mais firme para vivenciar a Leitura Orante da Palavra de Deus na comunidade, na nossa paróquia.
Izabel Costa – O Catequista é um mistagogo, aquele que conduz ao Mistério. A Romaria teve belos momentos celebrativos. Que vivência destes dias mais alimentou sua espiritualidade?
Manuelly – Sem sombra de dúvidas foi o momento da Lectio Divina, que foi conduzido pela Mariana Venâncio.
Edinelly – Para mim também foi o momento da Lectio Divina, feito pela formadora Mariana Venâncio, no qual ela nos fez adentrar na Palavra do Senhor. Ela nos fez sentir mesmo o que o Senhor tem a nos dizer por meio da Lectio Divina. Este momento ficou marcado na minha vivência, que eu como catequista preciso muito alimentar a minha espiritualidade. E isso acontece quando deixo me conduzir pela Palavra de Deus.
Ivone – Todos os momentos foram maravilhosos, ricos. Levo um pouco de cada um deles para que possa colocar em prática em minha paróquia. Como a celebração penitencial, que tocou muito meu coração. Também quando a Mariana apresentou o Querigma, me senti edificada. E isso me capacita ao anúncio da pessoa de Jesus.
Izabel Costa – Voltando agora ao chão de sua missão, em que a participação na Romaria dos Catequista acrescentou ao seu coração de Catequista?
Manuelly – Incentivar que os catequistas participem das formações, encontros, espiritualidades… de maneira especial a Pedagogia Catequética. Peço que os coordenadores e padres incentivem e apoiem seus catequistas.
Edinelly – A Romaria veio acrescentar ao meu coração de catequista o quanto que minha missão é importante na minha Igreja, na minha Paróquia. O quanto seguir em frente, ajudar tantas pessoas, sejam crianças, adolescentes, jovens, adultos – a fazer seu encontro com Jesus Cristo. Fazer com que elas se apaixonem, se aproximem… e amem ainda mais Cristo. Assim como eu o amo, o quanto eu o sirvo com todo o meu coração, com todas as minhas forças. A Romaria veio para fortalecer a minha fé enquanto catequista e mostrar ainda mais que o meu papel é de suma importância na minha paróquia, nesta pastoral tão bela que é a Catequese.
Ivone – Aumentou mais meu amor à missão, meu desejo de ir em busca dos catequizandos, das famílias que se encontram longe, que por algum motivo ainda não se abriram para a vivência do amor de Deus. Volto para minha comunidade muito feliz na certeza de colocar em prática o que aprendi, o que absorvi, o que vivi na Romaria em Aparecida.