por Vívian Marler / Assessora de Comunicação do regional Norte 2 da CNBB
Em um domingo de intensa emoção e fé inabalável, Marabá, no sudeste do Pará, parou para celebrar sua maior manifestação de fé católica. Cerca de 500 mil pessoas acompanharam o ‘45º Círio de Nossa Senhora de Nazaré’, percorrendo 7Km em uma procissão marcada por promessas cumpridas e a renovação da esperança em cada passo.
A edição histórica deste ano, realizada no último domingo, dia 19/10, reafirmou a força da tradição nazarena na região. Desde as primeiras horas da manhã, as ruas da cidade foram tomadas por uma maré humana, com fiéis de todas as idades vestindo a camisa da padroeira e disputando um lugar próximo à corda, o símbolo máximo da união entre o povo e a imagem. A procissão foi um testemunho vivo da religiosidade paraense, onde a devoção transcendeu a simples caminhada e se tornou um ato público de gratidão e súplica, em meio ao fervor popular que garante a longevidade e a magnitude do evento.
Antes da saída do Círio, durante a Celebração Eucarística, Dom Vital Corbellini, bispo da Diocese de Marabá, refletiu em sua homilia sobre o amor mariano, e exortou para que todos pudessem viver através do exemplo de Nossa Senhora de Nazaré. E relembrou que o Círio é um momento de evangelização “quando se fala de Círio, uma lágrima cai, porque o Círio é um momento forte de evangelização”, disse convidando a todos a divulgar, participar e vivenciá-lo.
“Somos pessoas orantes, e assim será o nosso Círio, com pouco discurso e muita oração, que é a característica do nosso Círio, a oração. Jesus pede que rezemos sempre, porque ele abre as portas para aqueles que têm fé. É necessário rezar o terço, ler o Evangelho, que nos guiará para as nossas atitudes. A Palavra de Deus vai nos julgar pelo amor e pela dedicação. A Oração é importante. Rezem antes do trabalho, da escola. Deus quer que sejamos pessoas orantes”, convidou Dom Vital.
A procissão passou pelas principais ruas de Marabá, percorrendo cerca de 7km e levando com ela a força de cada peregrino, de cada promesseiro que descalço, carregando tijolo, cartazes, carteira de trabalho, imagens da Mãe de Jesus, dentre outras manifestações de gratidão acompanhavam o dia tão esperado para honrar Nossa Senhora de Nazaré.
O sacrifício físico das pessoas na corda, ou não, foi apenas uma pequena retribuição diante das graças alcançadas, um momento de falar com Maria e com Deus com o coração. Foram histórias contadas, sem serem transmitidas por palavras, porque a Palavra de Deus estava contida em cada olhar marejado, em cada suor derramado, ao longo de todo o percurso, transformando a procissão em um mosaico de vida, esperança e profunda fé. O 45º Círio de Marabá não foi apenas um evento religioso, foi a crônica de um povo que encontra na devoção a força para seguir adiante.
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