Todos os anos, no mês de junho, a igreja católica dedica um momento para reflexão ao Migrante. Entre os dias 18 e 25 de junho a igreja convida a sociedade para refletir sobre o tema “Migração e Soberania Alimentar” e o lema: “Pátria é a Terra que lhe dá o pão”. A Semana do Migrante é também uma oportunidade para a conscientização sobre o enfrentamento do tráfico de pessoas. O tema proposto pela Serviço da Pastoral do Migrante (SPM) este ano, reflete na temática do enfrentamento do tráfico do migrante em razão das situações de vulnerabilidade, sobretudo homens e mulheres que deixam seus países de origem na busca de refúgio e melhores condições de vida.

 O que é o tráfico de migrantes?

A Convenção de Palermo, que é o principal instrumento de combate ao crime organizado transnacional, define que o tráfico de migrantes é caracterizado por “recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade, ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração”.

 A Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, enfrenta essa prática com formação e informação em todo país, com parcerias de organizações através de seminários e oficinas para conscientizar e sensibilizar a sociedade desta realidade. Mulheres e homens ao fugir de conflitos sociais e políticos em seus países de origem, caem em mãos de aliciadores que utilizam da violência, exploração e as detém como mercadorias. Quanto mais informações e conhecimento deste crime, melhores são as chances de proteger vidas.